![Produtora de uva em Petrolina, Márcia Ramos (Foto: Divulgação) Produtora de uva em Petrolina, Márcia Ramos (Foto: Divulgação)]() |
Produtora de uva em Petrolina, Márcia Ramos (Foto: Divulgação) |
Com uma ação inédita, que será ampliada em Pernambuco, a produção de uva no Vale do São Francisco deverá aumentar o seu potencial, com o uso do fertilizante organomineral Arbolina. A tecnologia já foi testada em dois campos demonstrativos em Petrolina, acompanhados pela Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-PE). Em um deles, foi observado que o material apresentou resultados positivos, fortalecendo as videiras e aumentando a eficiência do cultivo em cerca de 22%.
O teste inicial foi conduzido pelo HUB CNA, em parceria com a startup Krilltech NanoAgtech, e revelou que o fertilizante potencializa a fotossíntese, melhora o metabolismo energético das plantas e amplia a absorção de nutrientes.
O coordenador da ATeG do Senar-PE, Pedro Mouzinho, explica que esse impulso no processo fotossintético ocorre porque o fertilizante possui, em sua fonte, o carbono de alta pureza, que favorece a absorção mais rápida pelos estômatos das plantas, fortalecendo também o sistema fisiológico das plantas. “O fertilizante faz com que o desenvolvimento das plantas seja mais efetivo e direcionado. A partir disso, a planta consegue responder e consequentemente elevar a produtividade”, aponta.
Pedro Mouzinho destaca que esses fatores tornam as videiras mais resistentes a estresses ambientais e aceleram sua recuperação, refletindo diretamente na qualidade da safra. Em um teste realizado na área de cultivo da uva BRS Vitória, em Petrolina, da produtora Márcia Ramos, foi observado aumento produtivo em torno de 22%, quando comparado ao local sem a utilização do produto.
"Com o apoio do Senar-PE, testei o Arbolina na minha propriedade e vi resultados incríveis. As videiras ficaram mais fortes, com folhas mais vigorosas e saudáveis. A absorção de nutrientes melhorou, e as plantas resistiram melhor às variações do clima. O resultado? Cachos mais pesados, padronizados e uma colheita de alta qualidade. Além disso, consegui aumentar a produção e a rentabilidade”, afirmou a produtora.
Comprovado o sucesso do fertilizante, Pedro Mouzinho conta que a expectativa é expandir o uso dessa tecnologia para o Sertão Central de Pernambuco, no município de Mirandiba, com a cultura da goiaba e para o município de São José do Belmonte, no Sertão pernambucano, com o cultivo do Maracujá. As cidades também são atendidas pela assistência técnica e gerencial do Senar-PE na cadeia produtiva da fruticultura.
Ainda segundo o coordenador da ATeG do Senar-PE, de acordo com últimos dados levantados pela pesquisa agropecuária municipal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referente à safra do ano de 2023, Petrolina produziu 360 mil toneladas de uva, o que corresponde a 73% da produção de Pernambuco. Os dados de 2024 ainda estão em fase de conclusão, mas a expectativa é de que o número aponte o crescimento do cultivo, comparado ao ano anterior.