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LEVANTAMENTO

Cheque ainda é usado para pagar altos valores, diz Febraban

Dados da Federação Federação Brasileira de Bancos, porém, mostram que o uso de cheques por brasileiros caiu 18% em 2024. Desde 1995, a queda é de 95% no uso de cheques

Publicado em: 23/01/2025 22:34 | Atualizado em: 23/01/2025 22:37

Segundo a Federação Brasileira de Bancos, o cheque foi caindo em desuso principalmente por causa do avanço dos meios de pagamento digitais (foto: Pixabay )
Segundo a Federação Brasileira de Bancos, o cheque foi caindo em desuso principalmente por causa do avanço dos meios de pagamento digitais (foto: Pixabay )

O uso de cheques no Brasil, embora esteja em queda, sobrevive principalmente para pagamentos de valores acima de R$ 3 mil. Um levantamento feito pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) apontou que o tíquete médio da compensação em cheque foi de R$ 3.800,87 em 2024, ante R$ 3.617,60 de 2023.

 

Esse cálculo foi feito com base nos 138 milhões de cheques utilizados por brasileiros no ano passado, de acordo com o Serviço de Compensação de Cheques (Compe). Para Walter Faria, diretor-adjunto de serviços da Febraban, os cheques ainda são usados no Brasil para pagar caução para uma compra, por exemplo.

 

"Apesar da crescente digitalização do cliente bancário, o cheque ainda é bastante usado no Brasil. São diversos motivos que ainda fazem este documento de pagamento sobreviver: resistência de alguns clientes com os meios digitais, uso em comércios que não querem oferecer outros meios de pagamento”, analisa Faria.

 

 

Histórico de cheques compensados:

 

Cheques ao longo do tempo (Reprodução/Febraban)
Cheques ao longo do tempo (Reprodução/Febraban)
 

 

Queda crescente

 

Mesmo com o aumento no valor médio de compensação de cheques no ano passado, a opção por este meio de pagamento segue em queda frequente. Segundo a Febraban, o uso de cheques por brasileiros caiu 18% em 2024. Essa queda vai para 96%, se a comparação for desde 1995 — ano que registrou a compensação de 3,3 bilhões de cheques. 

 

A explicação para a crescente diminuição no uso de cheques perpassa pelos avanços tecnológicos para realizar pagamentos. O Pix, criado em 2020 pelo Banco Central, bateu recorde e registrou mais de 250 milhões de transações em um único dia no ano passado.

 

À época que foi publicado esse balanço, o Banco Central ressaltou a "importância do Pix como infraestrutura digital pública, para a promoção da inclusão financeira, da inovação e da concorrência na prestação de serviços de pagamentos no Brasil”. 

 

 

Confira as informações no Correio Braziliense.  

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