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Leilão dos portos gerou R$ 4,7 milhões em outorgas; Porto do Recife teve maior valor arrematado

No Porto do Recife, foram arrematadas as áreas REC 08, REC 09 e RC 10 pelas empresas Liquiport, Usina Petribu e SCS Armazéns Gerais

Publicado: 21/08/2024 às 17:36

O secretário de Desenvolvimento Econômico do estado, Guilherme Cavalcanti, ao lado do ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho e do presidente do Porto do Recife, Delmiro Gouveia/Foto: Cauê Diniz/B3

O secretário de Desenvolvimento Econômico do estado, Guilherme Cavalcanti, ao lado do ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho e do presidente do Porto do Recife, Delmiro Gouveia/Foto: Cauê Diniz/B3

O primeiro leilão dos portos de 2024, que aconteceu nesta quarta-feira (21), na sede da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), arrematou cinco terminais portuários brasileiros e gerou R$ 4,75 milhões em outorgas em portos nos estados de Pernambuco, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. 

 

Três destes terminais estão localizados no Porto do Recife (REC 08, REC 09 e REC 10), foram Liquiport Terminal Portuário S/A, Usina Petribu e SCS Armazéns Gerais respectivamente. As áreas têm como destaque a movimentação de granéis sólidos e cargas gerais. 

 

De acordo com o presidente do Porto do Recife, Delmiro Gouveia, esses investimentos deverão fortalecer o posicionamento estratégico do Porto no mercado. “Ali, nós tínhamos áreas sem utilização e áreas que estavam em contratos de transição, que precisavam ser adequadas à legislação atual para que as empresas pudessem investir de forma segura e com contratos mais longos. Então, isso facilita uma segurança maior do investidor”, explica.  

 

Entre as áreas de destaque está a REC 08, que possui área de 7.150 metros quadrados, destinada a granéis sólidos vegetais, tendo como principais cargas a cevada, o malte, o trigo e o milho.

 

O arrendamento do local, que estava sem utilização de acordo com Delmiro, deve consolidar a capital pernambucana como polo de importação da cevada, produto base da cerveja. “Cria-se uma cadeia. Com esses investimentos, outras rotas comerciais surgem e consequentemente gera empregos, renda e receita para o estado”, disse. 

 

O presidente do Porto do Recife destacou também a área REC 09, que será administrada pela Usina Petribú. “A área foi arrematada a fim de ter um pulmão dentro do Porto do Recife, viabilizando assim uma melhor logística com relação à exportação com açúcar”, ressalta.  

 

 

Porto do Recife

 

Com oferta de R$ 50 mil, a Liquiport Terminal Portuário, representada pela corretora Necton Investimentos, concorreu sozinha e arrematou a área REC08, do Porto do Recife para fazer a gestão do terminal pelos próximos dez anos. O espaço vai concentrar malte e cevada no Porto do Recife para atender o polo cervejeiro pernambucano. Durante o período, a nova gestora fará investimentos da ordem de R$ 50,9 milhões em área dedicada à movimentação de granéis sólidos vegetais.

 

Outro terminal do Porto do Recife leiloado foi o REC09, que foi disputado pela Usina Petribú e a SCS Armazéns Gerais. O leilão foi vencido pela empresa Usina Petribú, também representada pelo consórcio Necton Investimentos, com lance de R$ 550 mil. Tendo como foco operacional a movimentação de arroz, o contrato prevê investimento da ordem de R$ 2,2 milhões durante a gestão de dez anos.

 

O terceiro terminal do Porto do Recife leiloado foi o REC10, área dedicada à movimentação e armazenagem de granéis sólidos e cargas gerais. O leilão foi disputado pela SCS Armazéns Gerais e a Agemar (Manoel Ferreira) e vencido pela SCS, que vai operar um armazém de carga geral com foco em barrilhas (insumo para indústrias como Vivix e Moura). A empresa foi responsável pela outorga total de R$3,6 milhões de reais. Investimento total estimado de R$2,9 Milhões.

 

Outros terminais

 

Já o terminal RIG10, localizado no complexo do Porto do Rio Grande, foi vencido pela Sagres Operações Portuárias, representada pela corretora Necton Investimentos. Com oferta de 50 mil, a empresa fará a gestão da área pelos próximos dez anos. O terminal é dedicado à movimentação e armazenagem de carga geral.

 

A última área leiloada foi o terminal RDJ06, localizado no Porto do Rio de Janeiro (RJ). A gestão da movimentação de carga geral líquida, com foco em óleos básicos e lubrificantes, será feita pela Iconic Lubrificantes, representada pela corretora Ativa. A área foi arrematada por R$ 500 mil e a expectativa de investimentos é de R$ 10,1 milhões.

 

Próximos leilões

 

O segundo leilão previsto para ser realizado este ano está marcado para outubro, com arrendamento de quatro terminais localizados nos portos de Itaguaí, no Rio de Janeiro, Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, Vila do Conde, no Pará, e no Porto de Santana, no Amapá. 

 

Em dezembro, o Ministério de Portos e Aeroportos fará o leilão do 3º bloco portuário. No evento, serão arrematados dois terminais no Porto de Paranaguá, no Paraná. O investimento previsto nos três blocos previstos para serem licitados este ano deve ultrapassar R$ 870 milhões.

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