Energia
Mercado livre de energia: uma alternativa para evitar gastos com tarifas adicionais
Modelo de consumo traz flexibilidade e economia para quem busca o maior controle dos gastos e fontes de energia renováveis
Publicado em: 20/07/2024 05:05 | Atualizado em: 20/07/2024 01:23
Bandeira tarifária amarela é uma oportunidade para energias renováveis (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Arquivo/Agência Brasil)
Com a bandeira tarifária amarela em vigor durante todo o mês de julho no país, que acrescenta R$ 1,885 a cada 100 kWh consumido, o mercado livre de energia traz soluções para quem deseja ter maior controle sobre os gastos com energia. Com esse sistema, o consumidor deixa de depender das cobranças adicionais nas tarifas e ainda consegue obter uma melhor gestão energética.
O economista Sandro Prado explica que, no Brasil, a maior parte da produção de energia é originada da energia hidrelétrica. “Quando a gente não está produzindo o suficiente, quando as barragens não estão cheias e diminuímos a produção de energia das nossas hidrelétricas, já que a energia solar e a energia eólica já são importantes na matriz energética, mas ainda não são suficientes para bancar essa redução, acabamos recorrendo às termoelétricas. As termoelétricas queimam combustíveis fósseis, como o petróleo e gás para produzir energia. É um custo mais elevado e esses preços são passados para o consumidor através dessas bandeiras tarifárias, como é o caso de agora com a bandeira amarela”, destaca.
Alterações climáticas
A proximidade do período de estiagem, que ocorre geralmente no segundo semestre do ano, onde ficam localizadas as principais hidrelétricas do país, no sul, no sudeste e no centro-oeste no país, faz com que seja necessário o uso de usinas termelétricas. É diante dessa situação em que a bandeira amarela é acionada e só é retirada a partir do momento em que a situação se normaliza.
Mercado livre como alternativa
Diferente do que ocorre no mercado tradicional, no Ambiente de Contratação Livre (ACL), conhecido como Mercado livre de Energia, o consumidor pode escolher quem fornecerá a sua energia, negociando preços e prazos diretamente com os comercializadores. Os consumidores em média e alta tensão podem optar pela compra de energia no Mercado Livre, de acordo com a Portaria Normativa Nº 50/2022, do Ministério de Minas e Energia.
Manoela Colaço (Foto: Divulgação)
“Hoje, em relação ao valor mínimo, temos clientes que têm conta a partir de R.000, R.500, que já estão migrando para o mercado livre, porque o determinante é ele ter uma subestação própria. Então, às vezes ele tem um consumo baixo, mas ele já está apto a migrar para o mercado livre”, conta a executiva comercial da Kroma Energia, Manoela Colaço.
Empresas que optam pelo mercado livre podem obter uma economia média de 40% nos custos com energia.
Planejamento financeiro
Ainda de acordo com Manoela Colaço, no ato do contrato, o consumidor já sabe qual vai ser o valor da energia, inclusive o índice de correção aplicado naquele contrato. Além disso, se o consumidor optar por contratar uma gestão, ele também pode ter um acompanhamento ainda maior dos gastos. “O consumidor vai ter o acompanhamento de um gestor que vai estar ali fazendo a auditoria da fatura, vendo se vai ter uma cobrança indevida, se está ocorrendo alguma demanda reativa, que às vezes são gastos ocultos que ocorrem por falta de conhecimento”, afirma.
No mercado tradicional, o consumidor que está vinculado à concessionária deve aceitar o preço existente. Já no mercado livre, o cliente pode negociar com a comercializadora. “A negociação é feita entre o cliente e a comercializadora, ou em alguns casos o cliente tem um gestor que aqui intermedia essa compra e orienta o cliente como fazer essa compra, qual o melhor momento da compra, qual a melhor modelagem de compra. Isso é que vai tornar o contrato mais econômico e mais eficiente”, explica a executiva comercial da Kroma Energia.
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