CONJUNTURA

Indústria cresce 1,1% em dezembro, mas encerra 2023 estagnada

A melhora da atividade em dezembro não foi capaz de eliminar o desempenho negativo ao longo do ano. Somente nove dos 25 ramos mostraram crescimento na produção

Publicado em: 02/02/2024 18:26


O resultado foi puxado predominantemente pelas indústrias extrativas %u2013 cujo crescimento é sustentado tanto pela extração de petróleo quanto de minérios de ferro (foto: José Paulo Lacerda/CNI)
O resultado foi puxado predominantemente pelas indústrias extrativas %u2013 cujo crescimento é sustentado tanto pela extração de petróleo quanto de minérios de ferro (foto: José Paulo Lacerda/CNI)

A produção industrial apresentou alta de 1,1% em dezembro, no quinto mês consecutivo de crescimento. Segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta sexta-feira (02) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o indicador encerrou o ano de 2023 com variação positiva de 0,2%.

 

O saldo do ano veio melhor que em 2022, quando a indústria fechou com queda de 0,7%. A melhora da atividade em dezembro não foi capaz de eliminar o desempenho negativo ao longo do ano. Somente nove dos 25 ramos mostraram crescimento na produção.

 

O resultado foi puxado predominantemente pelas indústrias extrativas — cujo crescimento é sustentado tanto pela extração de petróleo quanto de minérios de ferro. Outro destaque ficou por conta dos produtos alimentícios.

 

Já entre as atividades com indicadores negativos destacam-se veículos automotores, produtos químicos, máquinas e equipamentos, máquinas, aparelhos e materiais elétricos e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos.

 

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Segundo André Macedo, gerente da Pesquisa Industrial Mensal, é possível observar dois períodos distintos ao avaliar o desempenho em 2023. “O primeiro semestre foi marcado por um comportamento predominantemente negativo da indústria geral, com uma queda de 0,3% no período. Já no segundo semestre, há, claramente, uma melhora de ritmo na produção industrial, resultando num crescimento de 0,5%”, destacou.

 

Ele afirmou que os resultados foram impactados pela gradual melhora dos indicadores macroeconômicos e de emprego e renda. “Esse avanço recente da produção industrial pode ser explicado pelo comportamento positivo do mercado de trabalho, com redução na taxa de desocupação e aumento na massa de rendimentos; e por uma inflação em patamares mais controlados, especialmente no segmento de produtos alimentícios”, disse.

 

Macedo reforçou ainda a contribuição positiva das exportações, especialmente no que se refere às commodities. “Também se observa, ao longo do ano, o início da flexibilização na política monetária com a redução na taxa de juros. São fatores importantes para se entender o movimento recente da indústria para o campo positivo. Mas vale a ressalva que é um resultado muito próximo da estabilidade”, completou.

 

 

Confira as informações no Correio Braziliense

 

 

 

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