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TRANSIÇÃO ENERGÉTICA

Bilionário australiano tem encontro com Lula para tratar de hidrogênio verde

A empresa, que é a quarta maior mineradora do mundo, foi a primeira a obter licença prévia no país para uma planta de hidrogênio verde no Ceará, no Complexo Industrial e Portuário do Pecém

Publicado: 09/11/2023 às 22:21

A ideia é que a unidade brasileira comece a ser efetivamente construída em 2025 e entre em operação em 2027/2028/foto: Ascom/PR

A ideia é que a unidade brasileira comece a ser efetivamente construída em 2025 e entre em operação em 2027/2028/foto: Ascom/PR



A ideia é que a unidade brasileira comece a ser efetivamente construída em 2025 e entre em operação em 2027/2028

O bilionário australiano Andrew Forrest, presidente da mineradora Fortescue, esteve em Brasília nesta quinta-feira (09) para encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para tratar sobre a regulação do setor de hidrogênio verde. A empresa, que é a quarta maior mineradora do mundo, foi a primeira a obter licença prévia no país para uma planta de hidrogênio verde no Ceará, no Complexo Industrial e Portuário do Pecém.

 

O valor total do investimento estimado é de cerca de U$ 5 bilhões e, apenas na fase da construção, a planta deve gerar 5 mil empregos. Em conversa com jornalistas, após o encontro com Lula, Forrest destacou preocupações com as mudanças climáticas. “Eu sou parte do problema, mas eu admito”, declarou.

 

Na ocasião, o empresário apresentou iniciativas já aplicadas em suas indústrias no exterior para contribuir para o processo de descarbonização. Ele também afirmou que antes de pensar em exportações o país precisa se tornar autossuficiente na produção de energia limpa.

 

“O custo desse hidrogênio precisa ser competitivo para a indústria brasileira poder substituir o combustível fóssil e consumir o hidrogênio que está sendo produzido aqui. Mostrar que o hidrogênio verde vale a pena para a indústria brasileira. E para além disso, posteriormente, exportar. Ao invés de exportar petróleo e gás, o Brasil pode exportar combustíveis e energia limpa”, disse.

 

Atualmente, o licenciamento de plantas de hidrogênio ainda ocorre na esfera estadual e o avanço da indústria depende ainda de regulação. Nesta semana, o governo brasileiro apresentou uma proposta de marco legal para o setor, sugerindo uso de debêntures incentivadas para financiar os projetos e a inclusão no Regime Especial de Incentivos para Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi).

 

A Fortescue tem outras plantas de hidrogênio verde sendo estudadas nos Estados Unidos, Noruega, Austrália e Quênia. A ideia é que a unidade brasileira comece a ser efetivamente construída em 2025 e entre em operação em 2027/2028 (1,2 GW) e em 2029 (1,1 GW). 

 

 

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