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Confiança da indústria brasileira cai a nível mais fraco desde julho de 2020, diz FGV

Publicado em: 28/11/2022 17:42

 (Foto: Nissan/Divulgação)
Foto: Nissan/Divulgação
O Índice de Confiança da Indústria (ICI), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), registrou queda de 3,6 pontos em novembro, chegando a 92,1 pontos. De acordo com os dados, divulgados nesta segunda-feira (28), este é o nível mais fraco desde julho de 2020, período crítico de lockdown da pandemia. Em médias móveis trimestrais, o índice caiu 2,7 pontos.

O indicador apresentou queda da confiança em 14 dos 19 segmentos industriais monitorados pela sondagem. Segundo Stéfano Pacini, economista do Ibre/FGV, este é o terceiro mês consecutivo de queda no índice, sendo o segundo de forma disseminada. “Há deterioração das percepções sobre a situação atual decorrente de uma piora da demanda e consequente aumento do nível de estoques, o maior desde o período de lockdown”, afirmou.

O Índice Situação Atual (ISA) recuou 4,6 pontos, para 91,8 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) caiu 2,4 pontos para 92,6 pontos, indicando que a perspectiva futura também está em baixa. “Além disso, observa-se uma piora das expectativas para os próximos meses, possivelmente relacionada a uma desaceleração global prevista e um cenário econômico brasileiro de incertezas para o início do próximo ano”, acrescentou Pacini.

Entre os quesitos que medem as expectativas, o que mais influenciou o resultado no mês é o indicador sobre a tendência dos negócios para os próximos seis meses. Esse índice recuou 4,5 pontos, para 87,8 pontos, mantendo-se abaixo dos 100 pontos desde setembro de 2021 (102,7 pontos).

No horizonte mais curto de três meses, as perspectivas sobre emprego cederam pelo segundo mês consecutivo ao cair 2,5 pontos para 99,3 pontos, ficando abaixo dos 100 pontos pela primeira vez após sete meses consecutivos acima do nível neutro, o que sinaliza uma desaceleração das contratações nos próximos meses. Já o indicador que mede as perspectivas sobre a produção para os próximos três meses se manteve estável em 91,1 pontos pelo terceiro mês consecutivo.

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