° / °

Economia
EVENTO

Agenda TGI traz projeções para o Brasil no cenário pós-eleições

Publicado: 23/11/2022 às 10:00

Sócio fundador da TGI Consultoria, Francisco Cunha, traçou as principais perspectivas para o cenário local, regional, nacional e mundial/Rafael Vieira/DP Foto

Sócio fundador da TGI Consultoria, Francisco Cunha, traçou as principais perspectivas para o cenário local, regional, nacional e mundial/Rafael Vieira/DP Foto

Com o tema “O futuro pós-eleições”, a nova edição da Agenda TGI voltou a acontecer de forma presencial nesta terça-feira (22), no Teatro RioMar. Após dois anos sendo realizado em formato remoto, o tradicional evento conduzido pelo consultor e sócio fundador da TGI Consultoria, Francisco Cunha, traçou as principais perspectivas para o cenário local, regional, nacional e mundial.

Para Pernambuco, a perspectiva é que o bom cenário financeiro auxilie na condução do novo governo, comandado por Raquel Lyra (PSDB). “O governo realizou um esforço fiscal, que coincidiu com a pandemia, para quitar dívidas e se preparar para contrair novos empréstimos. Com a menor dívida da história e a capacidade da dívida aumentando, o próximo governador poderá realizar um governo adequado às demandas, que são grandes”, afirmou. 

No Recife, Francisco destaca a necessidade de investimentos na urbanização e promoção de maior segurança ambiental para os moradores da capital pernambucana. “A projeção é de que seremos uma das cidades mais atingidas no mundo pelas mudanças climáticas. Nossa cidade é muito suscetível a desestabilização em momentos de chuva”, observou. 

De acordo com o consultor, o cenário deverá ser modificado com a realização de investimentos governamentais. “Recentemente foi anunciada a autorização de um empréstimo de R$ 1,5 bi, junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento, para captar recursos que deverão ser investidos nas áreas com população de riscos do Recife”, comentou. “Mais de 30 comunidades serão beneficiadas com esses recursos”, completou.

Já para o Brasil, a expectativa é com relação à transição governamental e a posse do novo governo eleito. “Temos uma nova negociação em curso para ajustar o orçamento, o que deverá definir as condições que o governo terá de governar no próximo ano”, destacou. 

Além disso, Francisco comentou sobre o espaço fiscal para 2023. “A chamada PEC de Transição está no valor de R$ 200 bilhões. Já têm várias paralelas que falam em R$ 85 bilhões e R$ 70 bilhões. É uma grande negociação para permitir no próximo ano a questão da responsabilidade, e isso é muito importante. Durante essa transição ficou evidente, por proposta do presidente eleito Lula, que também trouxeram à cena a responsabilidade social. Com esse debate, chegamos a conclusão que não existe responsabilidade social sem responsabilidade fiscal, e vice-versa. E isso é novo no debate nacional e está colocado para a opinião pública", concluiu. 
Mais de Economia