Economia
VIRADA DE ANO
Organização financeira está na lista de metas dos pernambucanos para 2022; saiba como se planejar
Publicado: 28/12/2021 às 10:12

Uma das dicas é estudar todas as receitas e despesas por período/Foto: Reprodução/Pixabay
Ter um planejamento financeiro e de investimento é importante a qualquer momento, mas, geralmente, é na virada do ano velho para o novo que traçamos algumas metas e mudanças na vida. A organização financeira, apesar de difícil de ser cumprida, é uma questão presente na lista de metas dos pernambucanos, e não será diferente em 2022. Para isso, é importante contar com quem, de fato, possa ajudar a como se preparar para as despesas de começo de ano, que podem acabar refletindo no ano inteiro.
A universitária Lana Verônica, 28, residente de Olinda-PE, diz estar preocupada com a fatura do seu cartão de crédito que chegará junto com o ano novo. Além das contas fixas, como aluguel, feira, luz e internet, Lana acabou gastando com presentes de natal e confraternizações. Ela ainda precisará comprar material de estudo, pagar passagens para visitar a avó na Paraíba e arcar com o aumento do preço da academia onde malha; tudo em janeiro. Lana conta com uma receita de R$ 1.200 e diz que precisa se "organizar melhor no próximo ano".
De acordo com João Melo, sócio-fundador e assessor de investimentos da Dapes, uma boa forma de se organizar financeiramente é montando uma planilha de fluxo de caixa pessoal. “Nessa planilha será preciso listar todas as suas fontes de receitas e também suas fontes de despesas. Ela permitirá um maior controle mensal das suas finanças, assim como saber se algum ponto em específico está necessitando de atenção. Permitirá também que você tenha noção do volume necessário para compor sua reserva de emergência, além de ter noção sobre como está o seu índice de poupança”, disse ele.
Para gastos não recorrentes, como em eventos, João aconselha analisar situações anteriores, de natureza parecida e tentar orçar o quanto será gasto. Com isso, será possível se programar para não gastar mais do que deveria ou menos do que o necessário. “Quanto mais cedo começar, mais histórico você terá para se programar para os meses seguintes e se preparar para gastos não recorrentes”, alertou.
Sobre a facilidade de realizar compras no cartão de crédito, João observa que é preciso ter muito cuidado para a fatura não virar “uma bola de neve”. “Caso o valor da compra seja o mesmo a vista ou dividido no cartão, sempre opto por dividir, se for um gasto não recorrente; e pagar de uma vez, se for um gasto recorrente. Exemplos: para comprar uma roupa eu divido no cartão, caso seja o mesmo preço a vista ou parcelado. Já os gastos de feira, por ser recorrente, eu jamais divido, para que não se torne uma bola de neve”.
Dessa forma, não tem segredo ou outro caminho a ser seguido, a dica é colocar receitas e despesas no papel e analisar o histórico da entrada e saída de dinheiro, de acordo com cada época do ano. Além disso, é preciso construir uma reserva e, em seguida, traçar investimentos. “É importante montar uma reserva de emergência e só depois pensar em investimentos, de acordo com cada perfil e objetivo. Deixar o dinheiro parado vai ser sempre a última opção, já que fazendo isso você está permitindo que a inflação corroa seu dinheiro”, finalizou João Melo, assessor de investimentos.
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