Economia

A boa conexão entre empresas e clientes é chave em um mercado em que as compras por delivery dos supermercados cresceram de 9% para 30%/Foto: Jogga/Divulgação

Já não é mais novidade que o e-commerce veio para ficar, principalmente depois do boom pandêmico. Receber uma feira completa em casa, sem precisar sair do conforto do sofá, deixou de ser uma prática isolada. Consultas, pesquisas e serviços de qualquer natureza hoje começam a ser buscados pela internet antes mesmo da decisão pela compra ser tomada. Segundo pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), somente as compras de supermercado por delivery saltaram de 9% em 2019 para 30% neste ano, um crescimento acelerado e acima da média para o varejo.
De acordo com Raul Cantarelli, sócio-fundador da startup Jogga Digital, já se sabia como comprar, sushi, pizza, remédios e até cerveja por meio desses canais, mas o varejo despontou nesse tipo de segmento de entregas. “Apesar de já ser uma tendência pré-pandemia, convenhamos que ainda era uma prática de poucos. Acontece que, de repente, a adaptação virou regra e não opção e tanto os varejistas como os consumidores aprenderam rápido”.
Com cada vez mais público e negócios no ambiente digital, a Jogga Digital é um exemplo surgido da necessidade de conectar empresas e clientes. A empresa aposta em tráfego pago para fazer com que a venda aconteça através da internet. E é um modelo de negócio que se diferencia das agências digitais porque o foco é 100% na chamada performance digital.
“Nós não trabalhamos com conteúdo de redes sociais ou campanhas institucionais. A Jogga é voltada para geração de oportunidades de venda através do meio digital. A gente busca na internet os possíveis clientes dos nossos clientes, para que a partir daí seja gerada uma venda, seja delivery ou qualquer tipo de serviço”, comentou.
Através dos aplicativos de entrega ou com o próprio serviço, as empresas investiram nos canais digitais e logísticos e se adaptaram rapidamente, independentemente do porte. “Hoje é possível receber essa compra completa em poucas horas, com direito a escolher o canal para o pedido, por aplicativos de entrega, apps próprios, e-commerce ou WhatsApp. Os dados mostram, através de ticket médio, que é isso que os consumidores estão fazendo”, explicou Raul.
Um dos exemplos, na Região Metropolitana do Recife, é o Deskontão Atacado, cliente da Jogga Digital. A rede pernambucana, que faz parte do Grupo Karne e Keijo, viu na pandemia a oportunidade de digitalizar seu negócio, construindo em 45 dias uma plataforma que pudesse potencializar as vendas por e-commerce. “Não foi algo planejado, mas esse esforço foi possível graças a uma equipe que fez com que essa ideia desse certo”, afirmou o presidente do grupo, Inácio Miranda.
Esse movimento, conclui Cantarelli, faz parte de uma “guerra” que saiu dos outdoors e panfletos, passou oficialmente para o Google e Facebook. “Essa nova adaptação do mercado trouxe mais competitividade e oportunidades para aqueles que fazem bem feito”, pontuou.
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