Recife tem a quarta cesta básica mais barata do país em janeiro
Publicado: 08/02/2021 às 16:19

Valor final dos itens básicos na capital pernambucana foi de R$ 474,22 no mês passado./Foto: Pixabay/Reprodução
O preço da cesta básica no Recife apresentou alta de 1,03% na passagem de dezembro para janeiro. O aumento foi de R$ 4,83, resultando no valor final de R$ 474,22 no mês passado. O preço do conjunto dos itens básicos na capital pernambucana foi o quarto mais barato entre as 17 cidades analisadas pelo Dieese, atrás de Aracaju (R$ 450,84), Natal (R$ 454,49) e João Pessoa (R$ 471,87). Inclusive, essas três capitais do Nordeste foram as únicas cidades brasileiras que registraram queda no valor da cesta básica em janeiro, de 0,51%, 0,94% e 0,70%, respectivamente. O conjunto dos itens essenciais mais caro em janeiro foi registrado em São Paulo, com valor de R$ 654,15, com aumento de 3,59% em relação a dezembro.
Entre os produtos que puxaram o valor da cesta básica para cima no Recife em janeiro estão farinha de mandioca (6,83%), feijão carioquinha (5,09%), banana (5,07%), açúcar (4,84%), carne (3,22%), manteiga (2,86%), óleo de soja (1,85%), café (1,80%) e arroz agulhinha (0,66%). Já, em contrapartida, os produtos que registraram as maiores quedas nos valores em relação a dezembro foram tomate (-7,95%), leite integral (-1,85%) e pão francês (-1,80%).
Na capital pernambucana, a jornada de trabalho necessária para comprar o conjunto de itens básicos foi de 94 horas e 50 minutos. Já o percentual do salário mínimo líquido gasto para comprar a cesta básica para uma pessoa adulta foi de 46,61%. Na variação em 12 meses, o Recife teve a segunda menor alta no valor da cesta básica, com aumento de 19,77%, atrás apenas de Natal, que teve incremento de 16,76%. Em termos de valores, o aumento no valor da cesta básica foi de R$ 78,29 em 12 meses no Recife.
Média nacional
O Dieese estimou, com base na cesta básica mais cara em janeiro, que foi a de São Paulo, que o salário mínimo necessário era de R$ 5.495,52, cinco vezes maior do que o mínimo já reajustado, de R$ 1.100. Este cálculo leva em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças. Além disso, o tempo médio necessário para comprar os produtos foi de 111 horas e 46 minutos, abaixo das 115 horas e 8 minutos registradas em dezembro.
Na comparação com o custo da cesta e o salário mínimo, depois do desconto de 7,5% da Previdência Social, o trabalhador que recebe o piso nacional comprometeu, em média 54,93% do salário mínimo líquido em janeiro. No mês anterior, o percentual de comprometimento foi de 56,57%.

