REDE HOTELEIRA
Por: Luciana Morosini
Publicado em: 01/01/2021 10:00 | Atualizado em: 31/12/2020 12:26
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Expectativa era que a ocupação chegasse a 70% no primeiro mês do ano. (Foto: Secretaria de Turismo de Pernambuco/Divulgação) |
O turismo regional de Porto de Galinhas era representado por 15% a 20% dos passageiros, com o restante vindo de avião. Porém, a pandemia mudou o perfil dos turistas no Litoral Sul de Pernambuco, com foco principal no turismo regional. "Algumas coisas aconteceram na retomada que a gente nem imaginava, como a questão do home office e das aulas virtuais. Esses são os motivos para estarmos em uma situação melhor do que previa em abril e maio porque as pessoas não precisavam mais estar em casa para trabalhar ou estudar. O panorama naquela ocasião é que as pessoas iam tirar férias e não iam mais viajar, mas vimos um movimento forte de pessoas indo para os hotéis", afirma Eduardo Tiburtius, presidente do Porto de Galinhas Convention & Visitors Bureau.
Instabilidade
Desta forma, a retomada da ocupação no destino do Litoral Sul aconteceu mês a mês, alcançando 60%. Porém, a estimativa agora é que o movimento é de queda para as pessoas que chegam de fora. "A gente esperava que janeiro ia ser melhor do que dezembro, mas esse momento é mais de cautela por conta do aumento dos casos. As vendas estão travadas, embora Tenha a informação mais aguardada do ano todo, que é a questão da vacinação", explica. Mas a estabilidade ainda deve demorar a acontecer. "Demora ainda um semestre para ter um nível de vacinação robusta, para ter um ambiente mais estável no segundo semestre e poder prever que a ocupação vá crescendo mês a mês sem que que tenha um pico de pandemia e volte duas casas. A perspectiva é que tenha um primeiro semestre como uma montanha russa, com altos e baixos", acrescenta.
Com este cenário se confirmando, a perspectiva é que no começo do segundo semestre volte a ter algo parecido com o período pré-pandemia. "Mas ainda vai demorar mais para que as linhas de crédito que foram captadas durante a pandemia sejam quitadas. Esse é o tempo para as empresas se equilibrarem ao patamar do pré-pandemia. Com a vacinação robusta, as ocupações voltam, passar a ter um ano normal de operação, mas vai levar de dois a três anos para ter fluxo de caixa de antes da pandemia", ressalta.