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Inflação

Entenda como a alta do IGP-M tem impacto nos investimentos

Publicado: 16/11/2020 às 15:16

Índice é utilizado como base no reajuste de aluguéis./Foto: Fernando Carvalho/Fotos Públicas

Índice é utilizado como base no reajuste de aluguéis./Foto: Fernando Carvalho/Fotos Públicas

O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) tem ganhado destaque nos últimos dias. O motivo é o registro de inflação de 2,67% na prévia de novembro. Dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV) indicam um acumulado de 23,79% em 12 meses e 21,25% considerando apenas 2020. Esse número é utilizado como base no reajuste de aluguéis.

De acordo com João Scognamiglio, sócio da Múltiplos Investimentos, a alta do índice IGP-M se deveu principalmente ao aumento no preço das commodities e do dólar nesse ano. De maneira geral, o índice é muito próximo ao IPCA. "O deslocamento observado atualmente é atípico e deve ser corrigido com a estabilização do câmbio e do preço das commodities. Porém, é importante lembrar que, a depender das políticas monetárias e fiscais do Brasil, podemos ver um período de aumento de inflação no país e isso seria extremamente preocupante", disse.

O especialista esclarece ainda que o aumento do IGP-M não interfere diretamente os investimentos, porém, sua alta pode refletir no aumento da estrutura dos custos de diversas empresas, particularmente, no setor de construção civil. "A principal forma de se proteger à variação do IGP-M é ter investimentos que possam compensar o aumento do índice, que, em outras palavras significa diversificar os ativos em investimentos atrelados ao IPCA (inflação), Imóveis e ações de boas empresas. Isso reforça a importância de o investidor possuir uma carteira de investimentos diversificada, porque uma alta em um segmento específico é protegida nesse tipo de carteira", pontua.
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