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Recife recebe aporte de R$ 110 milhões em centro de processamento de dados

Publicado em: 19/10/2020 18:35 | Atualizado em: 19/10/2020 18:40

Anúncio foi feito hoje em reunião no Palácio do Campo das Princesas. (Foto: Marlon Diego/Sdec/Divulgação)
Anúncio foi feito hoje em reunião no Palácio do Campo das Princesas. (Foto: Marlon Diego/Sdec/Divulgação)

Depois de anunciar o aporte de R$ 200 milhões na implantação de uma rede de transmissão via cabos submarinos, em setembro do ano passado, o Recife agora vai receber investimento de mais R$ 110 milhões na construção de um novo Data Center e uma landing station para o cabo submarino. A previsão é de que as obras sejam iniciadas em maio de 2021 e as operações devem ter início em janeiro de 2022, aumentando a competitividade da prestação de serviços em sete estados do Nordeste. O aporte na construção do novo Data Center, assim como no cabo submarino, será realizado pelo consórcio de investidores Recife Co., em parceria tecnológica com a Seaborn Networks, empresa sediada em Boston (EUA). A expectativa é que o projeto fature até R$ 320 milhões por ano quando atingir a sua maturidade.

O Data Center (Tier 3 com 400 racks) é o segundo passo de investimentos do Recife Co., depois do anúncio do cabo submarino, que vai conectar o estado à internet global de alta performance. Halim Nagem, um dos empresários que integra o consórcio, acredita que o investimento vai fortalecer Pernambuco como uma opção para novos negócios para grandes corporações nacionais e internacionais. “A oferta de tráfego de dados em alta velocidade e com segurança é um dos primeiros critérios a serem observados pelos investidores. Mas mesmo os pequenos negócios e pessoas físicas também irão tirar proveito dessa operação. A tecnologia estará disponível para todos. Já somos um polo logístico e tecnológico e, com esse aporte, daremos um salto ainda mais qualitativo”, afirmou.

O Data Center terá três pisos. No térreo ficará uma área para o desembarque do cabo submarino SeaBras-1, que vai conectar o Recife diretamente com São Paulo e Nova York, além de parte do complexo denominada “Cable Landing Station”, construção para equipamentos da subestação, moto gerador, sistema de energia ininterrupto, central condicionadora de ar e equipamentos de energia para o cabo submarino. Também ficarão a sala de Telecom, escritórios, salas de reunião, recepção, depósito e construções auxiliares. No primeiro e segundo andares estarão os “data halls”, salas que abrigam os servidores das empresas contratantes. 

A implementação do centro de processamento de dados promete garantir uma maior competitividade à capital pernambucana na atração de empresas que não estão instaladas no Recife, mas dependem de comunicação direta com as Américas, Europa e Ásia, já que a economia recifense é representada em quase 60% pelo setor de serviços. Inclusive, o empreendimento também deve servir como fator de atração para grandes players de tecnologia aportarem no parque tecnológico pernambucano Porto Digital. “Contar com um centro de processamento de dados com essa capacidade vai conferir produtividade não apenas para as empresas, mas para o setor público, a Academia, instituições de ensino de todos os portes e também para a população em geral”, disse Bruno Schwambach, secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco.



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