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ENERGIA FOTOVOLTAICA

Mais geração de energia solar em Pernambuco

Publicado em: 26/06/2020 07:00 | Atualizado em: 26/06/2020 10:27

 (Foto: Nico Chaves / Divulgação Origem Energia)
Foto: Nico Chaves / Divulgação Origem Energia
A fabricante canadense de equipamentos, investimento e desenvolvimento de projetos solares Canadian Solar está investindo cerca de R$ 1,2 bilhão para geração de energia fotovoltaica em Pernambuco. Recentemente, o grupo anunciou o contato de 15 anos com a Companhia Paranaense de Energia, Copel. Um compromisso de 15 anos que será atendido por meio de uma usina a ser construída pela Canadian em terras pernambucanas até o fim de 2021, a Ciranda Solar, em São José do Belmonte. Por outro lá, na cidade de Terra Nova, o projeto Salgueiro deve entrar em operação até o final do ano com capacidade para 114 Mega Watt – pico (MWp).

De acordo com o presidente da Canadian no Brasil, Gustavo Vadja, a companhia paranaense é um grande player do setor elétrico, que compra e vende para os seus clientes, independentemente do local em que a usina estiver construída. No momento, o projeto chamado de Ciranda e que demandou investimentos de aproximadamente R$ 900 milhões, está em fase de desenvolvimento. As obras da Fase I, que vai gerar 190 MWp, começam no primeiro quadrimestre de 2021. Depois da fase II, o cluster final somará a energia da primeira etapa com mais 122 MWp da segunda fase, totalizando 312 MWp. A estimativa é que o projeto gere 1.500 diretos e 4.500 indiretos.

No município de Terra Nova, a 500 km do Recife, por sua vez, o projeto Salgueiro deveria entrar em operação no mês de julho mas, devido à pandemia, o prazo foi estendido para o final de 2020. Com capacidade de 114 MWp, o projeto teve investimento de R$ 300 milhões e foi arrematado por diversas distribuidoras brasileiras em leilão federal da ANEEL no ano de 2017. A previsão é que haja a geração de 500 empregos diretos e 1.500 indiretos. Em uma cidade com 10 mil habitantes, o projeto dos parques Salgueiro 1, 2 e 3 demandará, indiretamente, um volume em serviços que representa 10% da população. 

No Brasil, a Canadian Solar atua em Pernambuco, Ceará e Minas, sendo o estado pernambucano o primeiro onde chegou, em 2015. “A história da energia solar começou muito forte em Pernambuco, é um estado pioneiro. Como gostamos de concentrar investimento na mesma região, acabou virando um cluster, fora a questão do sol no local. No Nordeste, é nosso principal estado de atuação”, afirma o presidente da empresa no Brasil, Gustavo Vadja. 

No primeiro semestre de 2019, o governo de Pernambuco já havia anunciado o plano da espanhola Solatio, que construirá o maior parque solar do Brasil, também em São José do Belmonte, com aportes de R$ 3,5 bilhões. De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Bruno Schwambach, a matriz energética brasileira precisa ser ampliada no que se refere à geração por fontes renováveis. “O Brasil tem demandado escalas cada vez maiores de geração desse tipo de energia e as nossas políticas de atração de investimentos consideram essa necessidade. A implantação de novas usinas traz desenvolvimento para as cidades, com a contratação de mão de obra local e de fornecedores de diversos setores”, destaca.

Além dos projetos em Pernambuco, a Canadian anunciou também, recentemente, fechamento de contrato para a venda da produção futura de projeto de geração de energia com a petroquímica Braskem, que fechou a compra por período de 20 anos. A energia será fornecida por uma usina solar no norte de Minas Gerais com capacidade instalada de 152 MWp, que deve ter obras iniciadas em 2021, com operação comercial prevista para até o final de 2022.

ARTES – 

*Sobre a Energia Solar Fotovoltaica no Brasil:

Pernambuco ocupa a 14 posição com 51,7 MW de potência instalada. No Nordeste, fica atrás do Ceará (88,4), Bahia (66) e Rio Grande do Norte (52,6)

*Pernambuco promoveu, em 2013, o primeiro leilão de energia solar do País, precedendo, inclusive, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Um ano antes, foi sancionada a Lei “PE Sustentável” (nº 14.666, de maio de 2012), que estrutura a geração de energias sustentáveis no Estado. 

*Pernambuco foi, também, o primeiro estado a produzir um Atlas Eólico e Solar no Brasil. 

*A elevada insolação da região se traduz num potencial de 1.200 Gigawatts de energia solar, além dos ventos constantes, unidirecionais e sem rajadas, o que dá a Pernambuco um potencial de 100 GW para produção de energia eólica. O Estado também apresenta áreas com grande aptidão para o modelo híbrido (270 GW). 

Atualmente, a lista de prédios públicos com painéis solares no estado oito, sendo cinco escolas e três hospitais, detalhados a seguir:

- Escola Politécnica de Pernambuco (POLI/UPE)
- Escola Assis Chateaubriand (SEE)
- Escola Alzira da Fonseca Brewel (SEE)
- Escola Gabriela Mistral (SEE)
- Escola São José (SEE)
- Hospital Barão de Lucena (SES)
- Hospital Getúlio Vargas (SES)
- Hospital Otávio de Freitas (SES)

Fonte: Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Governo de Pernambuco




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