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Ministério da Economia deve apresentar hoje medidas para reduzir os efeitos da pandemia na economia

Publicado em: 15/03/2020 10:49

Ministro prometeu que pacote seria anunciado ainda no fim de semana (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil.)
Ministro prometeu que pacote seria anunciado ainda no fim de semana (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil.)
Para cumprir a promessa de adotar uma série de medidas de combate à crise instalada pela epidemia do novo coronavírus, o Ministério da Economia não parou as tratativas com os demais setores do governo durante o fim de semana. O pacote de recursos deve ser anunciado hoje e privilegia áreas para além da Saúde, que ainda aguarda liberação de verbas para atender medidas emergenciais.

Uma das previsões mais assertivas é a colaboração de bancos na injeção de dinheiro nos setores mais afetados, como o aéreo. O ministro Paulo Guedes alinhou a demanda junto aos presidentes do Banco Central, Roberto Campos; da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães; e do Banco do Brasil, Rubem Novaes. Durante a semana, Guedes afirmou que “a crise não ameaça o sistema financeiro brasileiro” e que a situação dos bancos é de “bastante liquidez”.

Outro estímulo deve vir da flexibilização de saques de recursos, como no caso do PIS/Pasep. O governo avalia estratégias para liberar mais um saque do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Os valores ainda não foram divulgados, nem as novas regras. A pasta também deve propor a redução de limite de taxa de juros para empréstimos consignados aos contribuintes do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

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A celeridade das novas tratativas e a promessa de anunciá-las em até 48 horas vêm após críticas às propostas emergenciais trazidas por Guedes na última quinta-feira. À Folha de S.Paulo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM/RJ), disse haver “pouca coisa que impacte a agenda de curto prazo ou quase nada”. 

Entre as estratégias anunciadas está a antecipação de metade do 13º para aposentados e pensionistas do INSS, com expectativa de injetar R$ 23 bilhões na economia. A redução de impostos sobre importação de produtos médico-hospitalares e celeridade na liberação desses produtos importados nas alfândegas também estão entre as novidades. Guedes antecipou, ainda, que os bancos públicos serão usados para socorrer empresas que eventualmente entrem em dificuldades, criando pacotes de crédito de apoio à produção e para capital de giro.

A expectativa é de apresentação de 20 medidas para tentar reestruturar a economia em meio aos esforços de combate à nova pandemia. Guedes usa a formulação do pacote como tática para tentar avançar com as reformas no Congresso. Com isso “abriremos espaço para um ataque direto ao coronavírus”, acredita.

Medidas

» Adiantamento de metade do 13º de aposentados e pensionistas para abril
» Isenção de tarifas de importação para produtos médicos e hospitalares
» Nova rodada de saques do FGTS
» Liberação por parte do MP de R$ 5 bilhões ao Ministério da Saúde
» Oferta de crédito para médias e pequenas empresas
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