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AVIAÇÃO

GOL termina o ano com crescimento e perspectiva de voltar a operar com boeing MAX

Publicado em: 07/11/2019 16:39 | Atualizado em: 07/11/2019 16:58

Empresa registrou, no terceiro trimestre de 2019, receita líquida recorde de R,7 bilhões (Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil)
Empresa registrou, no terceiro trimestre de 2019, receita líquida recorde de R,7 bilhões (Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil)
Final de ano de comemorações e investimento para uma das líderes do mercado aéreo doméstico brasileiro: a GOL Linhas Aéreas Inteligentes registrou, no terceiro trimestre de 2019, receita líquida recorde de R,7 bilhões. O crescimento, comparado ao mesmo período do ano passado, é de 28%. O grupo ainda pretende incrementar estes resultados: até o próximo mês de dezembro, deve colocar em operação o Boeing 737 Max, modelo envolvido em acidentes aéreos na Indonésia (outubro de 2018) e na Etiópia (março de 2019), que causaram a morte de mais de 340 pessoas. No Brasil, a Gol é a única companhia aérea que possui esse tipo de aeronave, sete no total,  parados desde o mês de março. Para o último mês do ano, a empresa também anunciou novos voos internacionais para cidades de Lima (Peru) e Punta del Este (Uruguai).

A Receita por Passageiro Quilômetro Transportado (RPK) aumentou em 12,8% totalizando 11,1 bilhões no mesmo período analisado, impulsionada pelo crescimento de 13% no quantitativo de passageiros transportados: foram quase 10 milhões de clientes no trimestre, resultando em um market share doméstico de 38%, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). No segmento corporativo, de acordo com os dados da Associação Brasileira das Agências de Viagens Corporativas (ABRACORP), 39% dos passageiros voaram pela GOL. São mais de 750 voos diários utilizando uma frota única de Boeing 737. Em 19 anos, a empresa transportou 450 milhões de passageiros. “Mal comparando, a Varig, em 35 anos, transportou 200”, afirma o diretor-presidente da empresa, Paulo Kakinof. 

A GOL possui 16 mil colaboradores, com tripulação técnica de 1.750 pilotos. Até o final do ano, mais 250 serão contratados. Destes, há 42 mulheres, sete delas comandantes. São 76 destinos operados pela própria empresa (eram 67 no início do ano). No total (contando reginais e internacionais), chegam a 300. Números alcançados apesar do não alcance de 100% de resultados positivos com a malha viária. “Nenhuma companhia aérea do mundo opera com 100% de resultados positivos. Apenas em 40 a 60% dos voos o resultado operacional é rentável na malha. Não existe malha 100% rentável”, afirma Paulo. A empresa trabalha com média de 160 assentos nas aeronaves e aproximadamente 134 ocupados, por voo.

A GOL consolidou suas parcerias operacionais com o início de 23 novas rotas regionais inaugurada neste trimestre, passando a atender a mais de 100 cidades brasileiras. Em dezembro, ganha dois novos voos internacionais: Lima (Peru) e Punta del Este (Uruguai).

O retorno do 737 MAX

Em outubro de 2018 e março deste ano, dois acidentes ganharam as manchetes dos veículos de imprensa: as quedas de dois boeings 737 Max, que deixaram 345 mortes ao total. A GOL, que dispunha de sete modelos da aeronave, deixou-os fora de circulação desde o mês de março. Agora, com base na mais recente previsão da Boeing, a estimativa de retorno do MAX pelos órgãos reguladores competentes é para o mês de dezembro. “Todos os procedimentos em relação ao 737 MAX estão sendo acompanhados tanto por nós quanto pelos principais órgãos reguladores da aviação mundial, o que reforça nossa confiança de que o 737 MAX representará uma das aeronaves mais seguras do mundo”, afirma o diretor-presidente da GOL, Paulo Kakinoff.  

Perspectivas

Com base nas tendências atuais de custos, a companhia estima que o Custo por Assento Quilômetro Ofertado (CASK) do terceiro trimestre de 2019 aumentará aproximadamente de 4% a 6%, ano contra ano. Atualmente, as tendências de receita e reservas de passageiros permanecem fortes, e a empresa espera que a Receita Líquida por Assento Quilômetro Ofertado (RASK) do quarto trimestre de 2019 cresça de 5% a 7%, em comparação com o quarto trimestre de 2018.

O “VOCÊ SABIA?” DA AVIAÇÃO

Arremetidas -

Para muito do público em geral, a “arremetida” é sinal de que algo deu errado no voo. Trata-se de uma interpretação equivocada, entretanto. Segundo o diretor-presidente da GOL, cada pouso é, na verdade, uma arremetida derrotada. “Todo piloto está sempre preparado para arremeter. Este procedimento só não acontece quando, ao tocar o solo, o avião tiver dentro dos 100% parâmetros estabelecidos para o pouso”, afirma. No Brasil, acontecem, por mês, cerca de 800 a 900 arremetidas. Os principais motivos de arremetida são teto baixo, baixa visibilidade, formações e ventos.

Vida útil dos motores

Os motores possuem vida útil de 3 a 5 mil ciclos (3 a 3 anos e meio). A fuselagem, entretanto, pode chegar a quase um século desde que estes motores sejam reenduzidos, voltando a condição de zerados.

Frota brasileira x americana

A idade média da frota brasileira é de 6 a 7 anos enquanto a dos Estados Unidos é de 16. A reindução dos motores 737 custa, em média, de R$ 5 a R$ 8 milhões de dólares, cada um. A Gol possui 149 aeronaves encomendadas a serem entregues nos próximos 10 anos. Com o fim das operações da Avianca, em maio, a empresa passou a operar com 13 aeronaves a mais.

Quantidade de bilhetes

Os Estados Unidos comercializam 800 milhões de bilhetes por ano, 8 vezes mais do que no Brasil. Durante os anos de 2003 a 2011, durante o Governo Lula, o Brasil passou de 30 para 100 milhões de bilhetes vendidos.




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