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Dados consolidados do PIB 2017 confirmam crescimento de Pernambuco

Publicado em: 15/11/2019 10:18 | Atualizado em: 15/11/2019 10:26

Números foram mais expressivos do que os da Região Nordeste e do país.
Comemorando os 20 anos de divulgação ininterrupta de contas regionais, a Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (Condepe /Fidem) divulgou os números consolidados do Produto Interno Bruto (PIB) de 2017. O material, elaborado em parceria com os órgãos estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo, Superintendência da Zona Franca de Manaus – SUFRAMA e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresenta dados relacionados ao Estado, Nordeste, Brasil e comparativos com demais unidades federativas em períodos variados como 2002 e 2010, por exemplo.

Uma dos resultados apresentados foi que, após dois anos consecutivos de queda, 2015 (-3,5%) e 2016 (-3,3%), o PIB do Brasil voltou a crescer em volume: 1,3% em 2017 na comparação com 2016. Dentre as unidades da Federação, apenas Rio de Janeiro (-1,6%), Sergipe (-1,1%) e Paraíba (-0,1%) tiveram variações negativas, ocupando, respectivamente, as posições de número 27, 26 e 25 no ranking de variação de volume. Enquanto o PIB brasileiro, a preços de mercado, foi de R$ 6.583.319 trilhões, o do Nordeste foi R$ 953.213 bilhões e o de Pernambuco de R$ 181.551 bilhões. O Nordeste respondeu, naquele ano, por 14,5% do PIB brasileiro e Pernambuco por 2,8%. No ranking, Pernambuco ficou situado como a décima economia do país e 17º em crescimento. Uma taxa de crescimento (2,1%) maior do que a do próprio país (1,3%) e do que o Nordeste (1,6%). Na região nordestina, apenas o estado da Bahia – com quase o dobro do território pernambucano - apresentou valores superiores a Pernambuco (R$ 268.661), sendo o maior da região e 4,1% do PIB brasileiro.

Em 10 das 18 unidades da Federação com variação em volume do PIB superior à do Brasil, o desempenho da agropecuária foi determinante. Os quatro maiores resultados de volume ficaram com Mato Grosso, Piauí, Rondônia e Maranhão. De acordo com Rodolfo Guimarães, diretor de estudos e pesquisas socioeconômicas do Condepe / Fidem, uma das justificativas para este dado é que 2017 foi o ano da super safra agrícola. “Onde está o coração deste setor, o maior produtor agrícola de soja do país? Mato Grosso. A agropecuária puxou estes números e quando a gente vê o crescimento de estados a longo prazo percebe a importância deste processo. Áreas como sul do Maranhão, Sudoeste do Piauí e oeste baiano são de recente expansão agrícola”, explica.

Em Pernambuco, a agropecuária também cresceu (9,2%) bem como todos os outros grandes setores: indústria (1,4%) e serviços (1,4%). Na indústria, o crescimento foi puxado pela indústria de transformação devido aos polos automotivos e petroquímicos, a partir de 2015. “O setor de serviços tende a acompanhar o desempenho do setor produtivo de bens materiais. Neste sentido, seguiu a média de economia e cresceu proximamente ao desempenho global em 2017”, afirma Rodolfo destacando, ainda, a dinâmica da avicultura de postura (produção de ovos). “Houve uma mudança na configuração estrutural do setor agropecuário pernambucana com peso maior da pecuária do que da agricultura, em si. A cultura de cana-de-açúcar, tradicional da região, perdeu espaço para a produção de ovos (tamanho). Em todo o Brasil, em 2018, por exemplo, a produção brasileira de ovos de galinha foi recorde alcançando 4,4 bilhões de dúzias, alta de 5,4% em comparação ao resultado apurado no ano anterior, com rendimento de R$ 14 bilhões.
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