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ANP: leilão do pré-sal poderá elevar o país a outro patamar

Publicado em: 06/11/2019 18:23

O leilão é considerado o maior da história e pode gerar arrecadação de até R$ 106,5 bilhões em bônus de assinatura. (Foto: Tania Regô/Agência Brasil)
O leilão é considerado o maior da história e pode gerar arrecadação de até R$ 106,5 bilhões em bônus de assinatura. (Foto: Tania Regô/Agência Brasil)
O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, abriu hoje (6) a Rodada de Licitação dos Excedentes da Cessão Onerosa afirmando que o leilão vai "catapultar a indústria de petróleo brasileira à primeira liga mundial". O leilão é considerado o maior da história e pode gerar arrecadação de até R$ 106,5 bilhões em bônus de assinatura.

Oddone destacou que o mundo vive um momento de transição energética, em que o uso de combustíveis fósseis está sendo revisto. Por esse motivo, o diretor afirmou que o Brasil não poderia perder a oportunidade de transformar suas reservas em riquezas.

"Continuar sem explorar o pré-sal em um momento de transição energética seria renovar uma opção pela pobreza, algo que é imperdoável em um pais com milhões de pessoas que estão vivendo na miséria e com enorme carência de recursos".

O gestor da agência reguladora lembrou mudanças regulatórias como as alterações de exigência de conteúdo local, a definição de um calendário de leilões e o fim da posição da Petrobras de operadora única do pré-sal. Na visão dele, mudanças como essas permitiram que a indústria do petróleo no país saísse de seu pior momento, há três anos, e voltasse a atrair investimentos como os dos últimos leilões.

"O Brasil voltou à indústria mundial do petróleo, mas faltava o mais importante, o mais difícil, o mais emblemático", disse ele, referindo-se à cessão onerosa.

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, também discursou na abertura do leilão. Afirmou que a expectativa de arrecadação ao longo dos contratos que poderão ser firmados hoje pode superar a economia gerada pela nova Previdência, atingindo mais de R$ 1 trilhão em royalties e tributos.

"Superados os desafios, chegamos a mais um marco histórico para o nosso país, a entrada do Brasil em um novo patamar entre os produtores de petróleo", disse o ministro. "Poderemos, em curto prazo, dobrar as reservas atuais, chegando a 30 bilhões de barris equivalentes de petróleo".

O ministro estimou ainda que a produção de petróleo no Brasil poderá chegar a 7 milhões de barris por dia, o que transformaria o país em um dos cinco maiores produtores do mundo e o consolidaria como exportador. Os investimentos previstos para a produção nos blocos leiloados hoje podem atingir R$ 258 bilhões.
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