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Disruptura

As pessoas como protagonistas da revolução digital

Publicado em: 30/10/2019 09:00 | Atualizado em: 29/10/2019 17:51

Vinicius David destaca que a máquina não vai substituir a conexão humana e que sse é o principal capital das empresas. (Foto: Eduardo Viana/Divulgação)
Vinicius David destaca que a máquina não vai substituir a conexão humana e que sse é o principal capital das empresas. (Foto: Eduardo Viana/Divulgação)

A disruptura dos modelos de negócios e consumo é um caminho sem volta. Na verdade, está em uma trajetória íngreme na qual quem tentar frear e evitar essa rota de mudança corre sérios riscos de ver seu empreendimento colidir com as barreiras de um futuro já bastante presente. E os especialistas têm um consenso que o coração desse processo dentro das empresas se encontra dentro do RH. A aposta nas pessoas e em um time, mesmo parecendo contraditório, quando mais se fala da necessidade de robôs e inteligência artificial no dia a dia da revolução 4.0, foi um dos pontos de maior evidência nas palavras dos palestrantes da RH Day 2019, evento promovido pela StartSe, que reuniu mais de 3,5 mil pessoas no pavilhão da Expo Center Norte, ontem, em São Paulo.

A palavra "gente" esteve na construção de todo os 30 minutos de diálogo com o público, majoritariamente formado por mulheres (70%) inseridas na área de RH, do especialista da UC Berkeley "em formar times campeões", Vinicius David. Ele destacou que, ao contrário de outras revoluções pelas quais o mundo já passou, a atual agrega inúmeros processos de novidades, como a internet das coisas, inteligência artificial e impressora 3D. "Mas a máquina não vai substituir a conexão humana. Esse é o principal capital das empresas", afirmou.

Aos 42 anos e boa parte deles frequentando o Vale do Silício, na Califórnia, a Meca da inovação no mundo, David diz que os grandes CEO do planeta "gastam 40% do seu tempo estudando gente%u201D, procurando mentes brilhantes nas faculdades ou onde puder estar. "Quando alguém falha, decreta-se erroneamente a falência humana. E não é assim. Gente é para pirar. É para errar e depois acertar", disse.

Head de Inovação da StartSe, Cristiano Kruel, seguiu na mesma linha de raciocínio, levantando a questão de que, se as empresas podem pivotar, ou seja, dar uma guinada no próprio negócios, porque as pessoas também não têm esse direito? "Após 30 anos indo ao Vale do Silício, observei que lá as pessoas pensam grande. Eu posso contar a minha ideia e as pessoas rirem na minha cara. Mas é experimentar, aprender e fazer tudo rápido para apresentarmos inovação e novidades para as pessoas", destacou.

O CEO da StartSe, Pedro Englert, enfatizou que as empresas devem incentivar e premiar funcionários que saem do lugar comum, mesmo que errem, em vez de manter aqueles acomodados. "As pessoas sentem mais quando erram do que quando são premiadas pelos acertos. Temos que ensinar o cara a como ele pode errar e minimizar esses erros. Porque ele vai aprender e te dar resultados. Mas aquele que fica quietinho e não se mexe, não é esse o perfil que o mercado necessita", destacou o CEO da StartSe, que fomenta a discussão de temas de relevância e qualificação para o ecossistema de inovação. Isso ocorre através da promoção não só dos eventos, mas de cursos on-line, presencial e missões, onde leva executivos de grandes empresas para semanas de intercâmbio nos EUA, China, Israel, Singapura e Portugal.

PERNAMBUCO
Com um estande no evento, os pernambucanos da Recrut.Ai foi a São Paulo para "se mostrar" ao mercado nacional. Com um ano de vida, a startup, que oferece soluções para empresas no recrutamento de profissionais, foi uma das seis escolhidas para se apresentar ao público durante três minutos e vender sua expertise. "Estamos a procura de um parceiro que, mais do que recursos, aporte conhecimento para o nosso crescimento. A cada mês, estamos dobrando nosso faturamento. Até fechamos um negócio aqui no evento com um cliente que tínhamos feito uma proposta lá no Recife", conta Patrick Gouy, sócio da startup ao lado de Karol Branco e Eduardo Muniz.
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