FÓRUM RUMOS
Empresas familiares discutem o futuro
Por: Patrícia Monteiro
Publicado em: 16/09/2019 14:28 | Atualizado em: 16/09/2019 14:33
O evento, que por quatro anos foi realizado em Boa Viagem, mudou de cenário e a escolha não foi aleatória. Afinal, o Fórum reunirá profissionais considerados referências nas áreas de estratégias digitais, tecnologia da informação, inteligência artificial, futurismo e liderança. E o Bairro do Recife representa este cenário de inovação no Estado. O painel de abertura traz a trajetória do Projeto Rumo, explica a escolha do tema e a chegada ao novo endereço. Traz a participação de Cláudio Marinho, fundador do Porto Digital, de Antônio Jorge Araújo, conselheiro do RUMO e de Elane Cabral, diretora técnica do projeto. Depois disso, a programação está dividida em três painéis centrais, todos tendo o futuro como tema central. Marcelo Bressan, consultor de qualificação do CESAR, comanda o primeiro deles, questionando o perfil dos negócios neste futuro. Jacques Sarfatti, presidente da Russel Reynolds Associates, fica à frente do segundo que aborda o tema da liderança, e recebe o coordenador de ciência e inovação da JoyStreet, Luciano Meira. O terceiro painel aborda cases de grupos consolidados que se utilizam, efetivamente, do conceito de inovação, bem como empresas que já nasceram com este propósito. Do primeiro grupo, Baterias Moura e Algar. Do segundo, InLoco e Neurotech.
Em visita ao Diario de Pernambuco, o empresário Boris Berenstein, os consultores Antônio Jorge Araújo e Elane Cabral, encabeçando o encontro, enfatizaram que o maior objetivo do Fórum é, entretanto, ir além da programação. “Queremos conectar o ambiente das empresas familiares com o da inovação e transformar pernambuco em um verdadeiro polo nacional de reflexão sobre este tema. Dar início a pesquisas, encontros, seminários. Queremos formar um grupo que debaterá este tema daqui para a frente com mais frequência, mais regularidade”, afirmou Antônio Jorge, complementando que o momento é mais de propiciar os questionamentos do que oferecer esclarecimentos. “Se nos perguntarem qual este futuro sobre o qual pensamos, não sabemos. Estamos querendo, juntos, ir em busca destas respostas”, afirma.
Sobre o posicionamento das empresas familiares frente ao impulsionamento tecnológico e à nova realidade que enfrentam, diariamente, Elane afirma que há a necessidade de uma adequação. “Podemos dizer que as empresas vêm caminhando ao lado desta vertente, paralelamente, mas ainda em direções distintas a isso”, avalia. O encontro entre elas buscado pelo evento, entretanto, já vem sendo sinalizado antes mesmo do seu início. “Já estão sendo feitos contatos entre estes dois ecossistemas neste sentido. Acho que faltava esta sala, este espaço, esta situação para uni-los em prol de ambos. Afinal, nós, humanos, trouxemos a tecnologia e seus desdobramentos para nossa vida. Cabe a nós resolvermos se ela será nosso monstro ou salvação”, declarou Berenstein.
As inscrições para o Fórum podem ser feitas no site www.5forumrumo.com.br no valor de R$ 450 (para associados do Projeto Rumo, Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), Cesar, FBN, Softex Recife e Associação Comercial de Pernambuco) ou R$ 500 (não associados).
O PANORAMA DAS EMPRESAS FAMILIARES NO NORDESTE -
*A Rumo pesquisou 35 empresas familiares nordestinas com mais de cinco anos de mercado e faturamento acima de R$ 10 milhões ao ano, entre junho e agosto de 2017. Vinte e quatro delas localizadas em Pernambuco:
79% são exclusivamente de controle familiar
70% delas faturam acima de R$ 90 milhões/ano
83% têm mais de 20 anos de atuação. 14% têm mais de 80 anos de atuação.
100% são sociedades de capital fechado
44% estão administradas pela terceira geração
Das empresas familiares que chegam à terceira geração, cerca de 13% delas tem descontinuidade por questões inerentes aos negócios. 85% por causa de conflitos.
* Questionadas sobre o que faz um negócio familiar se perpetuar:
47% - coesão e comprometimento da família
46% - profissionalização e capacitação
43% - sucessão e governança
26% - diversificação e renovação do negócios
21% - cultura
13% - liderança
7% - sustentabilidade financeira
Segmentos:
23% - comércio
20% - outros
14% - saúde
11% - construção
11% - indústria de transformação
9 % - transporte e armazenamento
6% - educação
6% - ouros serviços
Mercado de atuação:
37% - regional
26% - estadual
23% - nacional
14% - internacional
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