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Em resposta a crise internacional, Petrobras anuncia aumentos

Publicado em: 19/09/2019 08:44

Fernando Frazão/Agência Brasil
Dois dias após ter anunciado que manteria o preço dos combustíveis até que os valores do petróleo se acomodassem no mercado internacional, a Petrobras divulgou nesta quarta-feira (18) que vai elevar o preço médio do diesel nas refinarias em 4,2% e o da gasolina em 3,5% a partir desta quinta-feira (19). O reajuste ocorre depois da disparada nos preços do barril do petróleo, resultado dos ataques a instalações petroleiras na Arábia Saudita, no sábado passado. Desde a última terça-feira, contudo, os preços do óleo vêm caindo, com o anúncio daquele país, maior produtor e exportador mundial da commodity, de que já havia restabelecido boa parte da sua produção.

A elevação de preços nos postos do Distrito Federal no início da semana, antes mesmo do anúncio de alta da Petrobras, levou o Procon a iniciar fiscalização nos estabelecimentos para notificar os que estão comercializando o litro do combustível acima de R$ 4,22. O parâmetro para a notificação segue o preço médio praticado para o produto na capital, de acordo com a ANP, entre os dias 8/9 e 14/9/2019. Os postos notificados têm 10 dias para prestar esclarecimentos sobre a justificativa do aumento repentino nos valores da gasolina e do diesel, sob risco de sanção por aumentos abusivos.

Por meio de nota, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informou que está “atenta” para possíveis cobranças abusivas. Segundo a ANP, os preços no Brasil são “livres, por lei, em todas as etapas da cadeia: produção, distribuição e revenda. Diante de denúncias de preços abusivos, a ANP faz ações de campo para confirmar essas suspeitas. Quando constata a prática de preços abusivos, a agência atua em conjunto com os Procons para penalizar os infratores”.

De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do DF (Sindicombustíveis),  Paulo Roberto Corrêa Tavares, a alta do início da semana não teve nada a ver com o ataque na Arábia Saudita, mas, sim, com o aumento nas refinarias ocorrido em agosto que não havia sido repassado.
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