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Dólar vai a R$ 4,1640 após nova intervenção do Fed no sistema financeiro dos EUA

Publicado em: 19/09/2019 20:20

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)
O dólar fechou acima de R$ 4,16 nesta quinta-feira (19), em um dia marcado pela valorização da moeda americana sobre as principais divisas emergentes e por oscilações bruscas no mercado acionário.

As causas da alta são principalmente externas: pelo terceiro dia consecutivo, o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) precisou intervir no mercado de empréstimos de curtíssimo prazo entre bancos para garantir recursos e segurar a alta das taxas de juros. Assim como na quarta, nesta quinta a demanda pelos recursos injetados superou a oferta do Fed, que anunciou uma nova intervenção para sexta-feira.

Depois disso, o dia, que vinha numa toada positiva, azedou.

A aceleração da alta da moeda americana ante o real ocorreu no meio da tarde, e o dólar fechou cotado a R$ 4,1640, maior patamar desde o começo de setembro. A valorização foi de quase 1,5%. 

De 24 moedas emergentes, o dólar se valorizou sobre 20 delas nesta quinta-feira.

Mas a queda das taxas básicas de juros também ajuda a explicar a disparada do dólar.

Na noite de quarta, o Banco Central brasileiro reduziu a taxa Selic a 5,50% ao ano. Também na quarta, o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) decidiu reduzir os juros americanos para o intervalo de 1,75% a 2% ao ano. 

Investidores estrangeiros mantinham aplicações em juros no Brasil e, para isso, entravam com dólares no Brasil. A tendência é que, com a queda nos juros brasileiros de forma mais acentuada que no exterior, esse tipo de investimento se torne menos atrativo, elevando o câmbio no país.

Assim como levou à disparada do dólar, a necessidade de atuação do Fed no mercado interbancário fez com que a Bolsa invertesse o sinal, transformando o flerte com o recorde de alta em uma queda de 0,18%.

O Ibovespa encerrou cotado a 104.339 pontos e o giro financeiro foi de R$ 16,8 bilhões. Na máxima do dia, o índice foi a 106 mil pontos.

Quando as condições de mercado pioraram, as Bolsas europeias já haviam fechado em alta. Nos Estados Unidos, porém, o índice Dow Jones cedeu, e o S&P 500, que também flertava com um recorde, acabou fechando a 0,00%. A Nasdaq encerrou o dia também praticamente estável, a 0,07%.

No mercado doméstico, a pressão sobre o Ibovespa veio justamente do setor bancário, mais sensível à queda de juros e também aos sinais de crise financeira. As baixas superaram 1%.

Já a Petrobras, que ajudava a guiar o Ibovespa para a máxima histórica no começo da manhã, encerrou o dia com alta moderada.
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