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Cotação desta terça: dólar fecha a R$ 4,17, com baixa de 0,07%

Publicado em: 24/09/2019 21:55

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)
Em meio ao anúncio do pedido de impeachment do presidente Donald Trump, a cotação do dólar fechou a R$ 4,17, com baixa de 0,07%, nesta terça-feira (24). Influenciado por preocupações acerca do noticiário político externo e o adiamento da reforma da previdência, o índice Ibovespa também fechou em queda de 0,73%, a 103.876 pontos.

Para analistas de mercado, houve uma queda forte nos Estados Unidos puxada pelo noticiário político do país. Isso, por causa, principalmente, do ruído relacionado ao anúncio formal da apresentação do processo de impeachment do presidente Donald Trump na câmara dos representantes dos Estados Unidos. Esse pedido foi apoiado na denúncia da ligação que o presidente Trump fez ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelenski para investigar John Biden. O analista da Guide Investimentos, Rafael Passos disse que lá fora o dólar perdeu força, mas em comparação com a moeda brasileira, “ficou no zero a zero.”

No Brasil, o adiamento da reforma da previdência na CCJ, para o dia primeiro, foi responsável pela queda no Ibovespa. “Bancos e commodities sofreram bastante, é o clássico movimento de aversão a risco”, disse o analista. As expectativas do mercado estavam voltadas para a reforma previdência. As ações da Vale e da Petrobras também caíram mais forte, porém, o que surpreendeu foi a performance do setor de frigoríficos, que ajudaram a limitar uma queda maior. A JBS com 6,5% e a BRF com 2,7%, ambos fecharam em alta.  

A ata do Comitê de Política Monetária, (Copom) criou um efeito positivo pelos reforços das sinalizações de corte de juros na ata da última reunião e dados de inflação. Em resumo, os juros futuros estão com viés de alta, o que mostra um efeito limitado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo — 15 (Ipca-15) e da ata da Copom. Porém, esses fatores ajudam para a visão de um esquema favorável aos cortes que levem a taxa Selic para uma queda de 5% ao ano, como o mercado espera. O IPCA-15 acabou subindo 0,09% no mês de setembro, em concordância com as projeções que foram feitas e com o resultado do mês passado, de 0,08%.

O analista da Austin Rating, Alex Agostini, confirma os fatores que levaram às quedas no mercado desta terça-feira, mas acrescenta ainda que o discurso de Trump na ONU também teve um papel relevante nos números. “A fala do Presidente Trump em relação à China, foi uma fala dura, ele não baixou a guarda. Esperava-se um abrandamento devido às últimas reuniões, mas acabou não sendo bem assim o discurso.” Para ele, o que impediu uma influência maior desse discurso foi o fato de a China voltar a comprar grãos dos Estados Unidos.


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