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Com exterior positivo, dólar cai 1,8% e vai a R$ 4,10

Por: FolhaPress

Publicado em: 04/09/2019 18:46

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)
O exterior positivo concedeu um alívio ao real, que se valorizou contra o dólar nesta quarta-feira (4). A cotação da moeda americana caiu 1,79%, a R$ 4,10, menor valor desde 22 de agosto. O Ibovespa acompanhou e subiu 1,52%, recuperando os 100 mil pontos.

Nesta quarta, o governo de Hong Kong comunicou que vai retirar o projeto de lei de extradição de presos para serem julgados pelos tribunais controlados pelo Partido Comunista na China continental. A norma foi o grande motivo das manifestações da cidade nos últimos meses.
A Bolsa de Hong Kong subiu 3,90% e foi para o maior patamar em um mês. 

A notícia foi ainda mais positiva para investidores preocupados com a guerra comercial. O presidente americano, Donald Trump, havia declarado que a onda de protestos e pressão do governo de Hong Kong prejudicava um possível acordo comercial com a China.

Outro alívio veio do Reino Unido, com a derrota do primeiro-ministro Boris Johnson e proibição, pelo Parlamento britânico, de um brexit sem acordo.

O premiê prometia que a saída do Reino Unido da União Europeia iria acontecer na data marcada - 31 de outubro de 2019. Mas, com a nova resolução, a saída agora pode ser adiada para 2020, aumentando a incerteza que assola o país. 

O risco-país britânico, medido pelo CDS (Credit Defaut Swap), espécie de seguro contra calote, de cinco anos, subiu 2,6% nesta sessão. A libra ganhou força nos últimos dias, com alta de 1% desde terça, e foi a US$ 1,22. A Bolsa de Londres subiu 0,59%.

Depois da derrota, Johnson pediu novas eleições gerais em 15 de outubro, mas foi novamente derrotado pelo Parlamento.

Na Itália, instalou-se um novo governo, uma coalizão entre o movimento antissistema 5 Estrelas e o Partido Democrático (PD), adversários de longa data, sob o comando de Giuseppe Conte, que voltou a ocupar o cargo de primeiro-ministro após sua renúncia, em meio da crise política que se instalou no país. 

O acordo simboliza a derrota de Matteo Salvini, líder da Liga, partido da direita nacionalista, apontado como o principal responsável a derrubada do governo.

A Bolsa italiana subiu 1,6% e foi ao maior patamar desde julho.

Além das resoluções, políticas, a indústria na zona do euro e na China cresceu em agosto, o que deixa investidores menos pessimistas quanto a desaceleração da economia global.

O PMI (Índice de Gerentes de Compras, na sigla em inglês) chinês aumentou para 51,6 pontos em agosto, o maior patamar em quatro meses. Em julho, o número foi de 50,9. A atividade industrial se expandiu pela primeira vez desde maio, com 50,4 pontos em agosto versus 49,9 pontos em julho.

Com as notícias positivas, Wall Street fechou no azul. Dow Jones subiu 0,91%, S&P 500, 1,08% e Nasdaq, 1,30%. 

A Bolsa brasileira acompanhou e, impulsionada pela aprovação do texto-base da proposta de reforma da Previdência na CCJ do Senado, subiu 1,52%, a 101.200 mil pontos. O giro financeiro foi de R$ 14,792 bilhões, levemente abaixo da média diária para o ano.

A Bolsa argentina também subiu, com alta de 6,87% após o tombo de mais de 11% da véspera. Já o peso perdeu a valorização contra o dólar da véspera e a moeda americana voltou a 56 pesos por dólar, alta de 1,2%, mesmo patamar de segunda (2).
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