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Yellow pode voltar as operações no Recife

Publicado em: 17/08/2019 10:31 | Atualizado em: 19/08/2019 14:59

Redução do custo do patinete com nova fábrica pode influenciar no retorno. Foto: Bruna Costa / Esp. DP FOTO

A operação da Grow, responsável pelo sistema de compartilhamento de bicicletas e patinetes elétricos Yellow, durou seis meses no Recife e o anúncio do encerramento das atividades pegou muita gente de surpresa. As razões que levaram à decisão foram a inviabilidade econômica da operação na capital pernambucana e questões ligadas à regulamentação. Porém, segundo Marcelo Loureiro, codiretor da Grow no Brasil, a Yellow pode trazer de volta para o Recife o compartilhamento de patinetes e bicicletas sem estações pré-definidas.

Segundo o executivo, a adesão dos recifenses ao sistema oferecido foi boa e cresceu bastante na reta final, quando a Yellow passou a oferecer 50% de desconto no preço. Mas, ainda assim, a operação na capital pernambucana não estava gerando o resultado esperado pela empresa. "Somos um negócio, não temos subsídio nenhum das prefeituras, pelo contrario, temos regulamentações que só atrapalham o negócio e, no final, temos que visar o lucro. No Recife não estávamos tendo o resultado que esperávamos e tivemos que tomar a dificílima decisão de encerrar as atividades", afirmou, no Startup Summit, evento realizado em Florianópolis (SC) pelo Sebrae.

Duas razões pesaram nos resultados da Yellow no Recife. "A gente cresceu demais em um espaço de tempo muito curto e precisou gerar eficiência nas operações que a gente cresceu e a operação do Recife não estava sendo eficiente porque o índice de perda e vandalismo estava muito alto e o relacionamento com o governo não andava às mil maravilhas, então encerramos as atividades", detalhou. Marcelo Loureiro pontuou que os 50 funcionários que trabalhavam pela Yellow na cidade foram direcionadas para outro processo seletivo. "Falamos com a Heineken, que está entrevistando nossos funcionários para a equipe de operações dela", completou.

Uma volta da operação para a capital pernambucana não está descartada. "É uma questão econômica. Vamos construir uma fábrica em Manaus a partir de janeiro de 2020, o que vai reduzir o custo do patinete e, com isso, o preço mais acessível talvez funcione melhor no Recife para ter uma utilização melhor. E até lá já devemos ter conseguido tee uma relação melhor com o governo e dizer que não precisamos estar no Recife, mas que queremos. Então precisa ter algo de bom senso pros dois lados", concluiu.
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