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Recife tem a terceira cesta básica mais barata do Brasil em junho

Publicado em: 04/07/2019 17:29 | Atualizado em: 04/07/2019 17:39

A queda mais expressiva na capital pernambucana foi do tomate, com redução de 16,46%. Foto: José Gomercindo/ ANPr

O preço da cesta básica no Recife teve a terceira maior queda e foi a terceira mais barata em junho entre as 17 capitais brasileiras analisadas pela Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O valor do conjunto de alimentos essenciais na capital pernambucana teve um recuo de 5,18%, passando de R$ 417,85 em maio para R$ 396,21 em junho. Além do Recife, outras nove cidades tiveram queda, sendo as mais expressivas em Brasília (-6,65%) e Aracaju (-6,14%).

Em contrapartida, nos primeiros seis meses de 2019, a alta de 16,34% na capital pernambucana foi a terceira maior, representando R$ 55,64, atrás apenas de Vitória (20,20%) e Natal (16,36%). Já levando em consideração os últimos 12 meses, todas as capitais analisadas tiveram aumento. Entre junho de 2018 e o mesmo mês deste ano, o Recife apresentou elevação de 11,32%, um incremento de R$ 40,28.

O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica no Recife foi de 87 horas e 20 minutos, sendo 4h47m menos do que o tempo necessário em maio. Já a média nacional foi maior do que a recifense, de 96h57m. Comparando o custo da cesta básica e o salário mínimo líquido, após o deconto referente à Previdência Social, o trabalhador recifense remunerado pelo piso nacional comprometeu 43,15% do salário mínimo para comprar os produtos, enquanto a média nacional foi de 47,90%.

Oito dos 12 itens que fazem parte da cesta básica pesaram menos no orçamento, já que tiveram redução em junho no Recife. A queda mais expressiva foi do tomate, com redução de 16,46%, produto que havia acumulado alta de 74,42% ao longo dos seis primeiros meses do ano. O feijão (-11,39%), a banana (-6,49%), a farinha de mandioca (-2,69%), o pão francês (-1,13%), a carne (-0,56%), o café (-0,52%) e o arroz (-0,25%) também aliviaram o orçamento do recifense. Por outro lado, o leite (6,97%), o açúcar (1,40%), a manteiga (1,33%) e o óleo de soja (1,27%) tiveram elevação.

Brasil
Apesar de ter tido uma queda de 1,06% na variação mensal, a cesta básica mais cara entre as 17 capitais analisadas foi a de São Paulo, por R$ 501,68, seguido do Rio de Janeiro (R$ 498,67) e Porto Alegre (498,41%). Entre maio e junho deste ano, os produtos que pesaram menos no bolso do trabalhador, com tendência de queda, foram o feijão, que teve recuo no preço em todas as capitais; a banana, com queda em 14 cidades; e o café em pó, que caiu em 13 lugares. Em contrapartida, os itens que pesaram mais no orçamento, com tendência de alta, foram o leite integral e o arroz agulhinha, que aumentaram em 12 cidades; além do açúcar, que teve alta em 11 cidades.
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