Opinião

Previdência trará confiança do consumidor e do mercado, diz Bruno Quick

Publicado em: 22/05/2019 19:45

Foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press (Foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press (Foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
O diretor técnico do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Bruno Quick, afirmou que a reforma da Previdência vai restaurar a confiança dos consumidores e dos empresários na economia. Ele destacou, em especial, as pequenas empresas, que vem gerando novos postos de trabalho mesmo em meio ao crescimento do desemprego.

Bruno destacou, no seminário sobre a reforma da Previdência realizado pelo Correio Braziliense e pelo Estado de Minas, que no primeiro trimestre deste ano, a pequenas empresas geraram 147 mil empregos, no mesmo momento em que as grandes companhias, por custo operacional, reduziram o número de vagas. No entanto, um cenário de incerteza sobre os rumos das finanças do país tem prejudicado o crescimento do setor. O consumo das famílias no Brasil, que tem uma relação direta com o emprego, foi responsável em 2017, por 63,9% da formação do PIB. Essa relação aumenta para 64,3% no ano passado. A queda na confiança tanto do empresário, quanto do consumidor e da pequena empresa está se elevando, e precisamos fazer algo para frear isso", disse.

De acordo com o executivo, a reforma da Previdência tem a capacidade de elevar a confiança e aumentar o consumo das famílias, fazendo a economia girar. "Não é imaginar demais que o consumo trava sem confiança no futuro do país por parte dos consumidores. Como o consumo das famílias é responsável por 2/3 do PIB, o crescimento fica parado. Então é importante tratar deste tema. 98.5% das empresas brasileiras são de pequeno porte (microempresas). 54% do estoque de carteiras assinadas está neste segmento. Ou seja,  temos uma relação direta da confiança com o emprego", disse.

Terceira idade

O diretor-presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Carlos Melles, disse que o maior problema dos países democráticos é debater o problema do envelhecimento. “Traz a consequência da aposentadoria e da perda da força de trabalho. É um tema dificílimo. Nos regimes ditatoriais, duros, fica um pouco mais simples”. ressaltou. 

Em seu discurso, ele também defendeu que o país comemora 10 anos do microempreendedor individual (MEI). “Essa talvez seja uma das oportunidades do Brasil ser um dos países mais modernos do mundo. Na figura do MEI, uma libertação. Talvez seja uma libertação áurea da lei trabalhista de inclusão das pessoas. O Sebrae participa e vive esse momento com intensidade”, enfatizou.
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