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EMPREGO

Apesar do aumento na geração de empregos, taxa de desemprego continua alta

Publicado em: 23/01/2019 09:52

É o primeiro crescimento dos últimos três anos e o melhor saldo dos últimos cinco anos, no entanto, a taxa de desempregos continua alta. Foto: Marlon Diego/Esp.DP
O Brasil criou 529,5 mil empregos no ano de 2018, segundo dados oficiais do Cadastro Geral de Empregos e Desempregos (Caged), agora sediado no Ministério da Fazenda. É o primeiro crescimento dos últimos três anos e o melhor saldo dos últimos cinco anos, no entanto, a taxa de desempregos continua alta. O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, comemorou o resultado, mas atacou governos passados e afirmou que o governo pretende intensificar a reforma trabalhista. O setor de serviços manteve a liderança com o maior número de contratações, pouco mais de 398 mil vagas criadas, já a administração pública fechou 4.190 vagas.

Mesmo que todas as regiões tenham apresentado um resultado positivo, cerca da metade dos empregos foram criados na região Sudeste, com 251.706. O estado de São Paulo liderou o crescimento com 146.596 postos criados. A região Norte foi a que teve a menor recuperação no índice, com 28.161 empregos criados. Logo em seguida está o Centro-Oeste (66.825), depois o Nordeste (80.639) e, logo em segundo está a região Sul (102.223).

O secretário Rogério Marinho comemorou os números, mas também chegou a criticar a situação econômica apresentada, em especial, pelo governo da ex-presidente Dilma Rousseff. “Esse período de 2012 a 2017 é um período a ser esquecido no país. Os erros cometidos não podem voltar a se repetir no futuro”, afirmou.

Marinho também chegou a dizer que o governo do presidente Jair Bolsonaro pretende intensificar a reforma trabalhista aprovada pelo governo Michel Temer. “Essa administração vai acentuar as conquistas da reforma trabalhista. Há a necessidade de retirar ainda mais a tutela do estado para facilitar aqueles que querem empreender no brasil”, afirmou.

Para ele, o modelo de CLT é “importante”, “precisa ser apoiado”, mas não contempla as novas formas de trabalho, como, por exemplo, os serviços prestados pela empresa de transporte Uber. “O governo vai trabalhar para que um número maior de empregos saia da informalidade”, ressaltou.

Já a greve dos caminhoneiros, no ano passado, foi considerada pelo secretário o responsável por impediu um melhor resultado. “Certamente seria mais robusto”, enfatizou.

O documento apresentado também mostra que os trabalhos intermitente e parcial também mostraram um saldo positivo, com 9.777 e 28.773 vagas, respectivamente. Este número pode sinalizar que, mesmo que o Brasil tenha criado emprego, a qualidade do emprego formado também precisa ser avaliada. O trabalho intermitente foi puxado pelos setores de comércio e serviços, 2.742 e 1.556 respectivamente. Já o modelo de trabalho em período parcial, a área de serviços teve uma perda expressiva, de 2.269 postos.
 
Dados divulgados pelo governo também mostram que o Brasil teve um empobrecimento da renda, com relação aos empregos criados. O salário médio de admissões foi de R$ 1.531,28, enquanto o de desligamento foi de R$ 1.728,51.

Saldo no número de empregos

Extração mineral: 1.473 vagas;

Indústria de transformação: 2.610;

Indústria de utilidade pública: 7.849;

Construção civil: 17.957;

Comércio: 102.007;

Serviços: 398.603;

Administração pública: -4.190 (perda);

Agropecuária: 3.245.
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