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Tesouro Direto terá taxa de custódia menor a partir de 2019

Custo para deixar os papeis depositados na B3 passará de 0,3% ao ano para 0,25% no próximo ano. Expectativa do órgão é popularizar mais o programa com essa medida

Publicado em: 27/12/2018 18:56

Foto: Maurenilson Freire/CB/D.A Press (Foto: Maurenilson Freire/CB/D.A Press)
Foto: Maurenilson Freire/CB/D.A Press (Foto: Maurenilson Freire/CB/D.A Press)
O Tesouro Direto terá taxa de custódia da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) levemente menor a partir de janeiro 2019, como uma medida para atrair mais investidores. Esse custo anual cobrado pela bolsa do pequeno investidor em títulos públicos passará de 0,3% para 0,25%.

De acordo com o secretário-adjunto do Tesouro, Otávio Ladeira, essa redução foi fruto de uma negociação do órgão com a B3, uma vez que várias instituições reduziram suas taxas para o Tesouro Direto. “Este ano foi bastante positivo para o Tesouro Direto, e, como o programa teve redução das taxas de corretoras e de bancos grandes que trabalhavam com taxas administração de 0,5% e reduziram recentemente para zero. Dessa forma, foi possível negociar uma redução também com a B3”, disse ele, nesta quinta-feira (27/12), durante a apresentação do resultado fiscal do governo central, que teve um deficit primário de R$ 16,2 bilhões em novembro.

O impacto dessa redução da taxa de custódia implicará em uma economia de R$ 26 milhões para os investidores do Tesouro Direto, pelas contas de Ladeira. “Esse será um recurso que poderá ser investido em mais títulos”, disse ele, lembrando que o programa está se popularizando, pois 64% dos investidores aplicaram até R$ 1 mil neste ano.

O secretário-adjunto contou que os grandes bancos também reduziram de 0,5% para zero as suas taxas anuais para aplicações no Tesouro Direto, o que vai gerar uma economia para o pequeno investidor do programa de R$ 100 milhões.  “O Tesouro Direto que era competitivo com relação aos fundos de investimento e, a partir do próximo ano, vai ficar ainda mais competitivo. Os fundos de renda fixa cobram 2% ao ano de taxa média de administração. A nova taxa do programa do Tesouro junto aos grandes bancos passará de 0,8% para 0,25% ao ano”, destacou Ladeira.

No mês passado, o total de investidores do Tesouro Direto cresceu 5,5% em relação a outubro, chegando a 2.972 cadastrados, dos quais 752 são ativos.  O estoque acumulado do programa somou R$ 53,1 bilhões, sendo que a maior parte, R$ 30,9 bilhões, é composta de títulos indexados à inflação.
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