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Startup busca reduzir ociosidade nas escolas

Prol Educa - Soluções Educacionais fecha parceria com instituições e oferece bolsa aos alunos

Publicado em: 29/12/2018 10:00 | Atualizado em: 29/12/2018 10:55

Proposta da startup pernambucana é firmar parcerias com as instituições de ensino privadas. Foto: Anderson Brito / Cortesia
Em tempos de crise, as cadeiras vazias nas instituições de ensino particulares se tornam cada vez mais frequentes. Sem recursos, são muitos os alunos que não podem pagar as mensalidades e buscam oportunidades na rede pública de ensino. Foi na busca por uma equação para esse problema que surgiu a Prol Educa – Soluções Educacionais. A proposta da startup pernambucana é firmar parcerias com as instituições de ensino privadas possibilitando ao aluno que não consegue pagar o valor da mensalidade integral, uma bolsa de estudo de até 50% nas mensalidades. Com isso, a ideia é reduzir o número de vagas ociosas e gerar receita para a instituição.

O projeto teve início em 2013, com um estudo de mercado e de oportunidades. Em 2015, a empresa foi formalizada e o negócio ganhou um novo fôlego. Inicialmente, foram 40 escolas parceiras em Pernambuco. Hoje, são mais de 200 instituições parceiras, nos estados de Pernambuco (incluindo interior), Rio Grande do Norte, São Paulo e Minas Gerais.

“A empresa surgiu da nossa inquietação por ver as vagas ociosas e as pessoas sem poder arcar com os altos custos. Eu sou professor e queria ajudar mais os alunos e as escolas”, conta o professor e sócio da startup, Petrus Vieira. Além dele, também são sócios da empresa, Petrus Nascimento e Manoela Pamela. Atualmente, a empresa conta com mais de dez funcionários. As oportunidades estão tanto no ensino básico, quanto em cursos superiores e especializações.

Pelos cálculos da empresa, já são mais de duas mil famílias beneficiadas pelo programa. “Tivemos uma boa receptividade no negócio porque é uma cadeira vazia que passa a gerar receita”, ressalta Petrus Vieira. Para concorrer às bolsas, a empresa solicita o envio de documentos como comprovante de renda, identidade, CPF, declaração de quitação da escola onde estava saindo, entre outros. “Não é simplesmente uma inscrição. Nós avaliamos se a pessoa realmente precisa de uma bolsa de estudos. Tem gente que se inscreve, mas quando vemos os documentos, o contracheque não é de uma pessoa que não pode arcar com os custos. Além de outros casos. Por isso, a maior parte do nosso público pertence às classes C e D”, diz.

Para as escolas, a startup também oferece uma plataforma onde são disponibilizados o portal do diretor (onde pode acompanhar os aprovados, alunos inscritos, alunos esperando vagas e pode liberar vagas), documentos (dados solicitados pelo Prol Educa) e ocorrências (onde são registrados qualquer quebra ou problemas contratuais). “Além disso, nós acompanhamos o aluno. Não é, apenas, a inscrição. Fazemos o acompanhamento, inclusive o lado jurídico. Se o aluno ficar inadimplente, nós procuramos e informamos que perderá a bolsa. Temos contato com o responsável e com a instituição que está oferecendo a bolsa”, diz Vieira.

Além de receber a primeira mensalidade do aluno em valor integral, a empresa fatura com as taxas de renovação. Esta última, é recebida diretamente do aluno ao fim do primeiro ano, em todos os demais anos letivos, até o fim da etapa de formação, e corresponde ao percentual da bolsa oferecida.

Para 2019, a meta da startup é atingir a marca de 500 parceiros no Brasil. “Em 2019 também faremos uma incubação na FPS, onde temos como foco ficar preparado para o mercado mundial. Nosso objetivo maior é focar no empreendedorismo”, detalha Petrus Vieira.
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