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Comércio do Recife estima abrir sete mil vagas temporárias

Essa é a expectativa do comércio para o último trimestre do ano, impulsionada pelas festividades. Estimativa é de que 20% dos funcionários serão efetivados

Publicado em: 10/11/2018 10:00 | Atualizado em: 08/11/2018 21:17

José Adolfo Rocha afirma que vai aumentar em 20% o quadro de funcionários em todas as unidades da Bali. Foto: Paulo Paiva / DP FOTO

O fim de ano é uma época que, tradicionalmente, é bastante aguardada pelo comércio varejista, já que as pessoas tendem a consumir mais, impulsionadas pelas festividades do Natal. Para este ano, as expectativas são positivas e, segundo a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, a estimativa para o Natal é que o incremento chegue a festa deve injetar R$ 53,5 bilhões na economia do Brasil. Para dar conta de uma demanda crescente de consumidores, os comerciantes precisam estar bem preparados e, para isso, costumam aumentar o quadro de funcionários. A expectativa é que sete mil pessoas sejam contratadas no último trimestre do ano na Região Metropolitana do Recife, número semelhante ao do ano passado, segundo a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-Recife). Destes, 20% despontam com chances de conseguir ser efetivado na função após o período de festividades.

O cenário das vendas apresentado ao longo do ano é positivo para que o desempenho se mantenha de forma crescente para o Natal. "Se pegar o retrospecto até antes da eleição, que teve Dia das Mães, Dia dos Namorados, Dia dos Pais, São João e Dia das Crianças, todas essas datas apresentaram crescimento. Além disso, o Dia das Crianças funciona como um termômetro para o empresário saber se vai aumentar o estoque para o fim do ano, já que é uma data importante no último trimestre. E agora ainda tem a injeção do 13 salário, as pessoas terão mais renda. Por isso, espera-se um crescimento", explica Rafael Ramos, economista da Fecomércio-PE.

Com a estimativa de crescimento nas vendas, a contratação de temporários aparece como uma consequência. E elas já começam a acontecer em outubro, ganhando força em novembro, mas chegando ao auge em dezembro. "A gente está estimando que sejam criadas aproximadamente sete mil vagas temporárias neste último trimeste do ano. Elas vão aparecendo à medida que o comércio vai aquecendo", afirma Cid Lôbo, presidente da CDL-Recife, reforçando que este número é semelhante ao registrado no ano passado. Do total, segundo ele, 60% dos contratos devem acontecer para vagas nos shoppings da cidade, enquanto 40% ficarão no comércio de rua tradicional. "As vagas são, em sua maioria, nas lojas de confecções, calçados, perfumaria, produtos de beleza, eletro eletrônicos e nos shoppings também tem aumento grande na parte de lazer", acrescenta.

Para Cid Lôbo, é preciso fazer um trabalho "de formiguinha" para conseguir uma vaga no mercado. "Existe a procura maior nas agências de trabalho e emprego ou nos shoppings, mas as pessoas também devem bater de porta em porta para entregar o currículo. É uma batalha grande, mas é uma boa oportunidade para quem busca o primeiro emprego. Como as vendas no final de ano crescem, não se exige grandes experiências", conta. Ele ainda reforça que, historicamente, 20% das pessoas contratadas temporariamente acabam sendo efetivadas.

HÁ VAGAS
Uma das lojas que vai contratar mão de obra temporária para o período do final de ano é a Bali, que conta com nove unidades no estado, inclusive com forte presença nos shoppings, como nos principais da RMR, como Tacaruna e Recife, para citar dois exemplos. "A tradição de consumo de Natal existe e isso não vai mudar. Não é porque a economia está em crise que as pessoas vão deixar de consumir, ele apenas adapta o consumo ao que cabe no seu orçamento%u201D, garante José Adolfo Rocha, um dos sócios da Bali. Apesar da expectativa de aumentar o número de funcionários, este ano a alta deve ser menor do que ano passado. "Em 2017, tivemos um crescimento de 30% no quadro de funcionários e, neste ano, devemos chegar a 20%. O importante é que essa é uma grande janela para se tornar efetivo", ressalta.

Já o grupo Kinitos, que comercializa produtos da área alimentícia, artigos de festas, entre outros itens, e que tem lojas em Casa Amarela (Recife), Garanhuns e Arapiraca (Alagoas), também vai ter um acréscimo de 20% de sua mão de obra, para funções como caixa, repositor, estoquista e fiscal de loja. "Esta é uma oportunidade de ter uma chance no mercado e muitos dos temporários são contratados ao final das festividades", afirma Paula Regina Koike, gerente da Kinitos.
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