Operação Abismo

Polícia Federal prende mais um envolvido no golpe da Previdência Social do Cabo de Santo Agostinho

Desta vez, um empresário, que não teve o nome divulgado, foi preso na noite desta segunda, quando chegava em casa, no bairro de Boa Viagem, e levado para o Cotel

Publicado em: 23/10/2018 10:55 | Atualizado em: 23/10/2018 11:09

Foto: Camila Pifano/Esp. DP
Mais uma pessoa foi presa na Operação Abismo, deflagrada pela Polícia Federal para investigar um esquema de fraudes no instituto da previdência social dos servidores públicos do Cabo de Santo Agostinho. Desta vez, foi um empresário, que teve prisão decretada na última segunda-feira (22), elevando para 23 o número de pessoas presas envolvidas com o golpe. Entre os presos, está o prefeito do Cabo, Lula Cabral, detido na sexta-feira (19) passada. Ele é acusado de autorizar a transferência de R$ 90 milhões do fundo de previdência dos servidores do município para fundos de segurança duvidosa.  

De acordo com a assessoria de Comunicação Social da PF, em Pernambuco, a prisão do empresário foi decretada pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região e confirmada nesta terça-feira (23). O suspeito foi pego quando chegava em casa, por volta das 22h. O homem, cuja identidade não foi divulgada, foi encaminhado ao Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife.

Na segunda (22), também foram renovadas por mais cinco dias todas as prisões temporárias efetuadas na Operação Abismo. Os materiais apreendidos nos outros cinco estados e no Distrito Federal durante a ação policial também começaram a chegar ao Recife no mesmo dia. Dentre as apreensões estão quantias em dinheiro, carros de luxo, equipamentos de informática e documentos fiscais. Segundo a PF, a investigação segue sendo feita sob sigilo, o que impede o repasse de mais informações.

Segundo a PF, continuam sendo investigados outros empresários, lobistas, advogados, políticos e religiosos. As investigações sobre o esquema fraudulento tiveram início em março deste ano e, segundo os dados coletados pela PF, os fundos de investimento compostos por ativos “podres” tinham grande probabilidade de inadimplência futura, colocando em risco o pagamento da aposentadoria dos servidores do município. 

O Tribunal Regional Federal da 5ª Região já autorizou o sequestro e bloqueio de bens e valores depositados em contas em nome dos investigados. Os crimes que estão sendo imputados aos suspeitos são de lavagem de dinheiro, associação criminosa, crimes financeiros, corrupção ativa e passiva, cujas penas ultrapassam os 30 anos de reclusão.
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