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Grupo Fragnani estuda nova fábrica no Nordeste

Nordeste representa metade das vendas do segundo maior produtor de cerâmica do país e, até por isso, a empresa pretende abrir nova planta na região

Publicado em: 16/09/2018 10:00

Bianca Fragnani participou de evento em Pernambuco, que teve o maior faturamento do Nordeste em 2018. Foto: Marcelo Marona/Divulgacao  (Foto: Marcelo Marona/Divulgacao )
Bianca Fragnani participou de evento em Pernambuco, que teve o maior faturamento do Nordeste em 2018. Foto: Marcelo Marona/Divulgacao (Foto: Marcelo Marona/Divulgacao )
Com três marcas no seu portfólio (Incefra, Incenor e Tecnogres), o Grupo Fragnani foi apontado, em 2017, pela publicação Ceramic World Review, que circula durante uma das principais feiras internacionais do segmento, como a segunda maior produtora de cerâmica do Brasil e a oitava do mundo. Uma demanda que foi puxada pela movimentação do mercado nordestino, que representa 50% das vendas da companhia. Pernambuco respondeu por 12% dessa fatia da região em 2017 e apontou um crescimento de 21% em relação a 2016 - o Nordeste, nesse mesmo comparativo, fechou em 19%. Neste ano, vem mantendo o patamar, ficando à frente dos seus vizinhos. Números que colocam o estado como um potencial candidato a receber a próxima fábrica da Fragnani no Nordeste - já possui duas na Bahia e uma em Cordeirópolis, interior de São Paulo, sede do grupo.

Segundo Bianca Fragnani, que esteve nesta semana em Pernambuco, participando da Ficons 2018, no Centro de Convenções, e é gerente de marketing do grupo e neta do fundador, Valdemar Fragnani, a empresa, nascida em 1971, já começou a estudar as possibilidades para se instalar no Nordeste ou Norte e deve tomar uma decisão nos próximos meses. A demanda tem certa urgência, já que, em agosto, a companhia bateu recorde de vendas e seu estoque tem uma reserva de cerca de um mês. Representou um aumento de 15,84% de faturamento maior versus a média de janeiro a julho de 2018. Mais uma linha de produção está sendo iniciada na Bahia, mas não será o suficiente para o apetite demonstrado pelos consumidores da região, de acordo com Bianca.

A escolha do endereço para a nova fábrica depende dos benefícios fiscais nos quais serão oferecidos à empresa e a aproximação da matéria-prima para compensar o frete e, consequentemente, a produção. Os valores do futuro investimento a gestora diz que não são possível calcular, muito menos a geração de emprego, mas na Bahia o grupo gera 550 postos de trabalho.

“Fomos na contramão dessa crise e crescemos nos últimos anos. Parte desse mérito é do Nordeste, porque foi aqui onde sentimos as empresas reagirem primeiro e Pernambuco, com certeza, foi muito importante nisso”, destaca Bianca, contando que o grupo divide o escoamento de sua produção entre exportação (mais de 50 países, sobretudo América Latina e África), construtoras, home centers e armazéns de varejo. A Fragnani é também, através da sua marca Incenor, a maior fornecedora de cerâmica do programa Minha Casa Minha Vida.
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