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Anéis de polvilho no foco do crescimento de empresa pernambucana

Marca Mesa Convida vai fortalecer o e-commerce, lançado neste mês, e pretende expandir a fábrica para dobrar a sua produção até meados de 2019

Publicado em: 19/08/2018 13:00 | Atualizado em: 17/08/2018 16:31

Igor Lima e Denise Lins afirmam que fecharam 2017 com alta de 10%. Foto: Peu Ricardo/DP

Alho, cebola e amêndoas com canela. Com esses três sabores, a marca Mesa Convida começou sua produção de anéis de polvilho em Pernambuco. Uma indústria inédita no estado, uma vez que, apesar do polvilho ser um subproduto da mandioca, não é um ingrediente comum na culinária pernambucana. Iniciada em agosto 2014 com um funcionário e um investimento de R$ 30 mil, hoje, a Mesa Convida envia produtos para os estados de Alagoas e Rio Grande do Norte e está presente na maioria das redes de médio porte da Região Metropolitana do Recife (RMR) como Verdefruti, Extrabom, Soberano, Quitandaria e Frutaria, inclusive com operações também em Porto de Galinhas e Aldeia. Com dez funcionários, a indústria tem planos de crescimento ousados, que incluem o fortalecimento do e-commerce, lançado este mês, o www.mesaconvida.com.br e a expansão da fábrica, que opera com produção média de 500 quilos de produtos por semana. "Nossa ideia é dobrar a produção até meados de 2019 abrindo uma nova planta industrial em Pernambuco e mantendo a nossa sede", resume Igor Lima, diretor comercial e sócio do Mesa.

A outra sócia, curiosamente, é a sogra de Igor, Denise Lins, que foi quem criou a empresa, iniciada na sua própria cozinha. "Comecei porque fiz um curso de gastronomia e sentia falta de produtos mais saudáveis e gostosos. Meus primeiros itens de venda foram pães sem glúten que eu mesma criava a receita, cozinhava, vendia e distribuía", detalha Denise. Apesar dos múltiplos trabalhos, os pães sem glúten foram bons cartões de visita da Mesa Convida e geraram clientes fiéis à marca. Em seguida, vieram os produtos congelados como coxinhas, pizzas e dadinhos de tapioca para só depois nascer os anéis de polvilho.

"Quando estive em Brasília, certo dia, tive a ideia dos anéis de polvilho sem glúten, sem leite, sem conservantes e sem açúcar justamente porque não encontrei nada assim. Pensei que poderia suprir o lanche de muita gente que tem restrições ou está de dieta, inclusive para mim mesma, foi então que comecei a quebrar a cabeça com a receita mais saudável e saborosa possível e cheguei nos nossos três sabores, alho, cebola e amêndoas com canela", explica a gestora. O tradicional, por incrível que pareça, foi o que entrou por último no cardápio, a pedidos dos clientes. "O que acontece é que muita gente não gosta do polvilho tradicional com a justificativa que eles não têm muito gosto. Então, lançamos os primeiros com sabor de cebola e a recepção do mercado nos surpreendeu", revela Denise.

Produção passou de 100 para 500 quilos por semana. Foto: Peu Ricardo/DP

Produção em alta, parcerias e novidades para vender mais

Apostando no produto, Igor Lima entrou em ação e conseguiu fechar parcerias que ajudaram na distribuição. Em três anos, a produção passou de 100 quilos para 500 quilos dos anéis por semana. "E, mesmo com a crise e com alguns de nossos clientes fechando as portas, a gente tem apostado naqueles que estão dando certo e, como resultado, fechamos 2017 com crescimento de 10% e estamos com um crescimento de 6% em julho em relação a junho", acrescenta o diretor.

Para aumentar esses números, a aposta da empresa agora está no e-commerce que será uma vitrine e uma forma de penetrar em outros mercados do Brasil. "Em Pernambuco já chegamos até em Petrolina, passando por Arcoverde, Caruaru e Gravatá, estamos no Litoral Sul e em toda a Região Metropolitana do Recife. No Nordeste já iniciamos as vendas para Alagoas e Rio Grande do Norte. Mas, nossos planos são de exportar o produto em alguns anos", revela Lima.
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