Washington Batista ressalta que investimento na franquia não é alto e retorno é rápido. Foto: Madoska/Divulgação/

A sorveteria Madoska fez o caminho inverso de muitas empresas. Ela nasceu em 1985 em Arcoverde e, ao longo dos anos, foi conquistando outras cidades do interior pernambucano até chegar na capital, há dois anos. A marca está presente em pelo menos 13 cidades do estado, além de João Pessoa e Campina Grande, na Paraíba, e já se prepara para inaugurar em julho mais duas unidades. A demanda de clientes e investidores tem sido tão grande que, mesmo com o investimento feito no ano passado para ampliar em 80% a capacidade produtiva da fábrica localizada em Caruaru, os pedidos por novas franquias, que custam R$ 50 mil, vão ter que esperar até que um novo aporte na produção seja realizado, previsto para 2019. A ideia é preservar a qualidade dos mais de 70 sabores de sorvetes e conquistar cada vez mais os municípios de Pernambuco e de fora dele.
Washington Batista, proprietário da marca, morava em Caruaru e trabalhava em um banco. Como tinha familiares em Arcoverde, pensou que, ao largar o emprego, abriria uma sorveteria na cidade onde costumava ir para visitar os parentes. "Eu sempre via que tinham muitos jovens lá e que existia espaço para isso. Abri a sorveteria lá e continuei morando em Caruaru, sempre indo e vindo. Há três anos abrimos uma unidade maior em Caruaru e começamos a expandir em formato de franquias", afirma. Ele explica que o crescimento aconteceu de forma natural. "No começo, eu tinha o projeto apenas de ter um comércio que fosse suficiente para ter uma vida tranquila, mas muitas pessoas nos procuraram e nos convenceram a expandir. A gente nem imaginava", acrescenta.
O empresário começa a listar as cidades onde já conta com unidades da Madoska e, de tão extensa a lista, se perde, ri e recomeça até conseguir concluir. Segundo ele, em Pernambuco, além de Arcoverde e Caruaru, a sorveteria está presente no Recife, Garanhuns, Arapiraca, Belo Jardim, Caruaru, Toritama, Santa Cruz, Bezerros, Bonito, Vitória e Carpina. Na capital pernambucana, são três unidades: em Olinda, Candeias e Espinheiro. Na Paraíba, está em João Pessoa e Campina Grande. "Estamos para abrir em Águas Belas, no estado, e Patos, na Paraíba, em julho. E muita gente tem nos procurado, temos pretensões de continuar expandindo, mas agora vamos dar uma parada porque já aumentamos a estrutura de produção duas vezes e estamos no limite da produção. Não podemos correr o risco de perder a qualidade do nosso sorvete artesanal e nem de deixar de atender quem já está conosco", explica.

Investimentos
A produção é feita na fábrica de Caruaru e distribuída para as unidades da Madoska. Em agosto de 2017, a capacidade foi ampliada em 80% e Washington Batista já pensa em uma nova ampliação para atender a demanda. "A fábrica fica em um prédio próprio de 15 por 30 metros quadrados, sorvete artesanal não exige tanto espaço para ser produzido. A questão é que as máquinas são compactas, mas são caras. E já temos um projeto para aumentar a capacidade produtiva de novo em 2019", garante. Para ele, o sucesso, além de passar pela qualidade dos sorvetes, também se dá pelo investimento em uma franquia. "Ela tem um precinho bem legal, em torno de R$ 50 mil. Por isso temos uma procura grande, porque é possível entrar no mercado sem investir tanto", explica.
O retorno também é um ponto positivo. "Para o Sebrae, o retorno do investimento costuma chegar em dois anos e é preciso ter seis meses de capital de giro garantido para abrir. Se inaugurar a nossa loja no verão, elas já abrem se pagando, a manutenção já consegue de imediato, e em um ano consegue tirar o investimento", detalha Washington Batista. Ele explica que esses números são alcançados porque o volume maior de vendas do sorvete é entre setembro e abril e o pique é entre novembro e janeiro. "Nesses três meses, o crescimento é de 100% em relação ao inverno", ressalta. A entressafra fica entre maio e agosto.
Existe também uma preocupação com os franqueados. As únicas unidades próprias são as de Caruaru e de Arcoverde. "A gente trabalha com um método que em cada cidade só exista um franqueado porque acredito que a concorrência interna é desleal com quem investiu. Por isso, damos essa exclusividade. Só no Recife a gente recebeu mais de 20 pedidos", ressalta o proprietário da marca.