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Família Suassuna também investe em produção de queijo

Produto artesanal é fabricado em Taperoá e agora empresa espera sanção de lei federal que permite a venda interestadual para expandir

Publicado em: 14/07/2018 14:00 | Atualizado em: 13/07/2018 17:19

Produto é aderente ao mundo  fitness porque é maturado e tem menor teor de  lactose. Foto: Laticínios Grupiara/Divulgação

Este ano, quem passa pelo corredor internacional da 19ª edição da Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenarte), pode conferir um produto artesanal inusitado: os queijos da fazenda da família Suassuna, que começaram a ser fabricados há cinco anos em Taperoá, na Paraíba. Leonardo Suassuna, sobrinho-neto do escritor Ariano e responsável pela distribuição e comercialização, revela que, apesar de ser o primeiro ano, eles já conseguiram vender 1,5 mil peças durante os cinco primeiros dias do evento e fechar contratos para levar a marca para Mato Grosso do Sul e Goiás. Agora, a Laticínio Grupiara, como é chamada a empresa, espera que entre em prática a Lei nº 13.680, sancionada em junho, que permite a comercialização interestadual de produtos alimentícios artesanais, o que garante que serão submetidos à fiscalização de órgãos de saúde, terão um selo, o "Arte", e poderão ser comercializados nas grandes redes como o grupo Pão de Açúcar e o Walmart.

A fazenda tem capacidade de produzir mais de 20 mil peças por mês, porém, atualmente, a produção média mensal é de cerca de quatro mil peças. Com a venda para redes varejistas, o que só poderá ocorrer com o selo, a expectativa é de um aumento exponencial na produção. Leonardo Suassuna garante que há insumos para isso. "Além das próprias cabras da fazenda, também compramos leite de outros pequenos produtores rurais da região", revela. Ele explica que a marca já comercializa em Pernambuco, Paraíba, Bahia, Alagoas, Rio Grande Norte, São Paulo, Rio de janeiro e Brasília, mas apenas para empórios e delicatessens. "Com a entrada nos supermercados, iremos crescer e poderemos até começar os planos de exportar", adianta. No estande da Fenearte e na Fazenda, a peça mais barata, o queijo Borborema (de cabra, temperado com alho ou cebola), custa R$ 30 por 250 gramas.

A ilustração nas embalagens de todos os queijos são de Ariano Suassuna. Foto: Laticínios Grupiara/Divulgação

A mais "salgada" no preço é o queijo Dom Ariano, que saí por R$ 600 o quilo. Nesta peça, além do queijo em si, a embalagem leva pó de ouro. "Esse queijo é maturado por seis meses, temos o Dom Ariano, de cabra e o Dom Manelito, em homenagem a Manuel Dantas Suassuna (artista plástico e teatrólogo), irmão de Ariano e um dos sócios da fazenda, que é o queijo de vaca maturado por seis meses também", detalha o gestor da distribuição. Segundo ele, há também o Arupiara, que são queijos de cabra maturados por dois meses, carro-chefes da empresa. Já o tipo Cariri, de cabra maturado por dois meses, leva sabores como arueira, com pimenta, o alfazema de periquito, que tem um sabor cítrico, o cumarina, que leva semente de cumaru e gosto adocicado, e o marmeleiro, com vitaminas A e B.

"Produzimos ainda o Serra do Pico que é de leite de vaca maturado", completa Leonardo Suassuna. E ele enfatiza que, por ser maturado, o queijo tem menor teor de lactose, o que torna a marca aderente ao mercado fitness, em alta no Brasil. No Recife, além de ser encontrado na Fenearte até o próximo domingo, os queijos da Laticínios Grupiara estão em lojas como Casa dos Frios e Diplomata e outros empórios gourmet da cidade. E vale ressaltar que a ilustração nas embalagens de todos os queijos são do próprio Ariano Suassuna. Encomendas também podem ser feitas em https://pt-br.facebook.com/oqueijodopoeta/.
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