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Marun diz acreditar que Petrobras vai reavaliar política de preço
Em entrevista, ministro-chefe da Secretaria de Governo afirmou que o Brasil representa grande mercado e essência da existência da Petrobras
Por: Agência Estado
Publicado em: 04/06/2018 08:08
Marun, no entanto, foi evasivo ao responder o que a estatal deverá de fato fazer em relação ao assunto. "É absurdo um governo exigir, como exigiu no governo Dilma, que a Petrobras tenha prejuízo numa política eleitoreira", disse. Ao mesmo tempo acredita o ministro, "a Petrobras pode assumir alguns riscos" - atitude que considera ser "a essência do capitalismo".
Depois de ser intensamente questionado pelos entrevistadores sobre a política de preços, Marun disse que o "governo não vai interferir" na estatal. Em outro momento, porém, afirmou que a política de reajustes diários dos preços dos combustíveis não é "compatível com o mercado brasileiro".
Questionado sobre o motivo da saída de Pedro Parente do comando na estatal, na sexta-feira, 1, apesar de o governo garantir que a política de preços será mantida, Marun desconversou e negou que o governo tivesse sido pressionado por agentes políticos para retirar o executivo do cargo. Em outro momento da entrevista, o ministro afirmou que não entende do mercado de combustíveis, o que o impediria de se aprofundar no tema.
Questionado se o governo não foi incoerente ao aprovar a política de preços da Petrobras e, para encerrar a greve, ter reduzido e congelado o valor do diesel por 60 dias, Marun disse que a mudança de cenário exigiu uma nova postura. "A elevação de dólar e petróleo fez com que a política se tornasse incompatível ao Brasil", disse. Marun ainda afirmou que "combustível não é chocolate, que um dia você come um e no outro come outro", em referência à ausência de alternativas por parte do consumidor.
Caminhoneiros. O ministro disse não acreditar em novas paralisações dos caminhoneiros, diante do fato de que boa parte das reivindicações da categoria foi atendida. "As informações que nós temos é de que existem alguns líderes que estão tentando fazer com que o movimento volte com intensidade. Nossa avaliação é de que isso não vai acontecer", disse, em referência às manifestações convocadas para esta segunda-feira, 4, em Brasília.
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