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Shopping brota no meio do canavial de Carpina

Grupo Petribu investe em uma área predominantemente canavieira e promete mudar o cenário

Publicado em: 05/05/2018 11:07

Jorge Petribu Filho, empreendedor do Shopping Carpina, durante visita as obras do novo shopping Carpina. Foto: Marlon Diego/Esp.DP

O vaivém intenso de trabalhadores e máquinas já faz brotar no meio do canavial as primeiras estruturas do futuro Shopping Carpina. Aos poucos, uma área de mil hectares, sendo 700 dela antes dominada pela plantação de cana-de-açúcar, que puxa a economia local de diversos municípios pernambucanos, vai mudando de cenário. Será a última colheita nessa área, localizada a cerca de dois quilômetros do centro. Até lá, a paisagem do corte da cana vai conviver lado a lado com a batida de estacas que levantam as paredes do primeiro empreendimento desse segmento na Zona da Mata Norte de Pernambuco.

Pelo planejamento, até o fim do ano, o município contará com o shopping em funcionamento. O projeto leva o selo do Grupo Petribu, dono do terreno - fica a alguns quilômetros da sede da usina que carrega o mesmo nome - e inclui outras etapas, inclusive com construção de unidades habitacionais e a chegada de uma faculdade com capacidade para 1.300 alunos. A ideia é que o centro de compras seja o primeiro passo, a âncora para os demais projetos desenhados no máster plan que o grupo traçou, com ajuda de uma consultoria norte-americana, para a região.

“Começamos a estudar o máster plan de Carpina em 2015 e a construção iniciou no final de 2016. Em paralelo à construção, vamos negociando com as empresas que irão se instalar. Estamos em fase final de negociação com uma grande rede de supermercado, por exemplo”, conta Jorge Petribu Filho, diretor do grupo e responsável pelos projetos. Originalmente, o mall conta com 72 lojas, porém, o projeto é modular, com isso, as lojas podem variar de tamanho e impactar na quantidade de unidades.

“A praça de alimentação terá 11 lojas. Além disso, teremos dois restaurantes. Nossa proposta é de que seja um shopping aberto e, por isso, já contratamos uma empresa da área de paisagismo de São Paulo, até porque queremos um espelho d’água no centro de tudo, que será um ouro diferencial”, detalha o empresário, que se inspirou no modelo horizontal de shopping center da Flórida, nos EUA. Entre as lojas âncoras com contrato assinado está as Lojas Americanas. As três salas de cinema, com capacidade de 549 lugares, somando-se todas, ficará a cargo do grupo Centerplex. “Vamos passar os mesmos filmes que estão em cartaz nos cinemas da capital e oferecendo salas com qualidade e tecnologia similar”, afirma Jorge Filho, que também está em negociações avançadas com uma âncora do ramo de vestuário.

De acordo com o empresário, antes de iniciar o projeto, muitas pesquisas foram realizadas para entender qual seria a principal demanda da região. “Percebemos que umas cidades do entorno se abastecem de Carpina. Pelo nosso levantamento, o shopping será mais próximo de uma população de 800 mil habitantes. Se observar um raio de 30km,  abrange cidades que a população já frequenta Carpina durante a semana, o que dá pelo menos 335 mil habitantes”, enfatiza. Esses municípios são: Paudalho, Tracunháem, Lagoa do Carro, Nazaré da Mata, Lagoa de Itaenga, Araçoiaba, Limoeiro, Buenos Aires e Feira Nova.

NOVA CIDADE
O máster plan de Carpina inclui, além do centro de compras, a construção de loteamento aberto, edifícios e espaço para indústrias. Apesar do projeto em curso, não há prazo para que tudo esteja em funcionamento. As etapas serão iniciadas de acordo com a reação de mercado. “Desenhamos o máster plan como se o shopping fosse o centro. No entorno, seriam os residenciais, com grandes loteamentos, parques, área para pequenas indústrias e condomínios logísticos. Uma espécie de nova cidade”, ressalta.

Os lotes abertos já estão sendo negociados. Cada um possui cerca de 200 metros quadrados com condições de pagamento em até 180 meses. O empreendimento loteado inclui projeto viário, iluminação, drenagem, abastecimento de água e calçamento. O máster plan também inclui a construção de um hospital para a região, cujas negociações estão em curso.

Lotes de alto padrão em Aldeia

No caso de Aldeia, o grupo possuía um terreno de quatro mil hectares, que foi dividido em diferentes perfis de consumidores. O primeiro é um loteamento de alto padrão com área de lazer completa e ruas asfaltadas. O segundo, com foco mais popular, voltado à construção de unidades dentro do programa Minha Casa, Minha Vida do governo federal. A primeira etapa, com unidades inseridas na faixa 2 do programa, já está sendo entregue. Já a segunda etapa, na faixa 1, ainda iniciará a construção.

“Em Aldeia, a nossa primeira proposta foi desenvolver um condomínio de alto padrão, mas com qualidade superior ao que é normalmente ofertado na região. Teremos todas as vias asfaltadas, por exemplo, além de uma estrutura que contempla academia, quadras esportivas, spa”, pontua Jorge Petribu Filho, diretor do grupo e responsável pelos projetos. O empreendimento está localizado entre os quilômetros 10 e 16 de Aldeia – o acesso é pelo 14. Ao todo, são 411 lotes. Os tamanhos variam a partir de 600 metros quadrados. O projeto foi lançado em 2016 e tem entrega dos lotes prevista para este ano.

“Já estamos com pelo menos 65% das áreas comercializadas. Em breve, iniciaremos a entrega precária, que é quando liberamos os lotes para construção dos projetos e, no segundo semestre, entregaremos toda a área de lazer”, detalha Jorge Filho. Segundo o empresário, em outra ponta da propriedade, no trecho que faz divisa com o município de São Lourenço da Mata, estão sendo construídas 1.500 unidades inseridas na faixa 2 do projeto Minha Casa, Minha Vida do governo federal.

“Esse último projeto não é tocado pelo nosso grupo. Nós vendemos o terreno para a empresa responsável, agora condicionando a algumas diretrizes urbanas. O empreendimento já está praticamente pronto. Recentemente, inclusive, negociamos uma outra área, que também será destinada para construção de unidades inseridas no programa do governo federal, porém, na faixa 1, que é mais subsidiada pelo governo federal”, afirmou.
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