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Mercado de luxo

Requinte sobre quatro rodas ainda é desejo do consumidor

Apesar de muito se falar em crise e economia de gastos, um setor que parece não sofrer tanto é o de luxo, principalmente em relação aos veículos

Publicado em: 19/05/2018 09:00

Automóveis continuam sendo objeto de cobiça, independentemente do preço. Foto: Joao Velozo/ Esp. DP (Foto: Joao Velozo/ Esp. DP)
Automóveis continuam sendo objeto de cobiça, independentemente do preço. Foto: Joao Velozo/ Esp. DP (Foto: Joao Velozo/ Esp. DP)
Comprar um veículo requer estudo. Desde o fator preço até a finalidade que o automóvel será utilizado. Isso para a maioria da população brasileira. Porém, existe aquela parcela que possui uma renda maior e mais estável e que suas prioridades, na hora de escolher um automóvel, são outras, como conforto, potência e até mesmo status.

O mercado de luxo brasileiro é algo que se mantém estável. São produtos de primeira linha e possuem compradores fixos. Aquelas pessoas com mais dinheiro, que podem optar por produtos diferenciados. “Os ricos, por natureza, expõem-se e ostentam, porque construíram o que têm e, por isso, querem adquirir o melhor”, aponta o ex-presidente da Ford e consultor automotivo Luiz Carlos Mello.

Por outro lado, existem aqueles que pensam mais no conforto do que no preço e na exibição na hora de fechar o negócio. “Possuo uma BMW M3. Escolhi esse modelo por ser um esportivo com tração na traseira. É melhor para dirigir nas ruas da cidade. Uma outra opção que escolheria seria o M4, também da BMW”, revela o empresário Lucas Gurgel.

Outros fatores também pesam na hora de escolher os modelos entre as marcas mais prestigiadas. “A maior procura que temos é pelo BMW X1, com maiores saída e entrega. Os clientes pesquisam mais carros altos e com bom espaço interno”, revela o gerente da Sael, Renan Rêgo. A versão de entrada do X1 é o GP, com motor 2.0 de 192 cavalos de potência, isso reflete, inclusive, no DNA da marca, conhecida por carros esportivos.

Falando em BMW, a marca é a segunda com mais carros vendidos do segmento automotivo de luxo no Brasil no quadrimestre, com 3.170 unidades já vendidas até então, perdendo apenas para a Mercedes-Benz: 3.577.

Segundo dados da Fenabrave o pódio das montadoras do segmento fecha com a Audi, que emplacou 2.676, em terceiro lugar.
 
Seminovo pode caber no bolso

Optar por um veículo premium não é mais privilégio de ricos. Graças à comercialização dos seminovos, agora aquele comprador que tem dinheiro para investir em um menos luxuoso 0 km pode adquirir modelos da Lexus, Mercedes-Benz, Audi ou Land Rover.

Com o aumento no preço dos 0 km, os veículos estão cada vez mais caros e fica difícil encontrar um modelo abaixo dos R$ 30 mil. A exceção é o Chery QQ que ainda resiste ao valor de R$ 27.490, mas que não está distante de um novo reajuste. Dessa forma, o preço dos veículos 0 km acabou encostando no valor de um seminovo mais chique.

“O mercado de seminovos é um segmento que tem crescido. São carros muito novos, até pelo perfil dos clientes que trocam de veículos muito rápido, principalmente os premium. São modelos interessantes para quem quer um diferencial e não pode gastar tanto”, revela o diretor- geral da Via Sul, Roberto Figueiredo.

A diferença entre um modelo premium 0 km e um seminovo top pode chegar a quase R$ 100 mil, por causa da depreciação em relação à versão anterior. Os modelos mais procurados são também os mais conhecidos.

De acordo com Gustavo Araújo, gerente de vendas da AutoParvi, entre os modelos de luxo existem duas segmentações com faixas de preço distintas. “Entre as opções com preço perto dos R$ 80 mil, o que mais sai é o Audi A3, que é possível ser encontrado a partir de R$ 79 mil. Já no segmento acima de R$ 150 mil, a maior procura fica para o Discovery Sport, que pode ser encontrado por R$ 170 mil”, aponta.

Em um comparativo de preços, o Audi A3 com carroceria sedã da AutoParvi, que seminovo custa a partir dos R$ 79 mil, tem o mesmo valor que uma versão topo de linha do Volkswagen Virtus. Como os seminovos de luxo possuem um estado de conservação bem alto, a relação custo-benefício se destaca. “É a oportunidade de comprar um modelo mais completo e equipado. Um premium 0 km mais simples parte dos R$ 110 mil, enquanto com R$ 90 mil é possível adquirir um seminovo top de linha já equipado com um número muito maior de itens de série”, comenta Araújo.
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