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Desabastecimento

Pernambucanos ainda sofrem para comprar o gás de cozinha

A alta demanda do produto tem gerado filas nas distribuidoras. A expectativa é de que a situação seja normalizada em até cinco dias, segundo o governo

Publicado em: 31/05/2018 20:19

Dezenas de pessoas formaram uma fila desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira (31) em uma distribuidora localizada no bairro de São José, centro do Recife. Foto: Sávio Gabriel/DP
Ao mesmo tempo em que boa parte dos pernambucanos está conseguindo abastecer seus carros com relativa tranquilidade, outra parcela da população ainda encontra muitas dificuldades para comprar o gás de cozinha. Muitas distribuidoras não estão conseguindo atender à demanda e o produto acaba rapidamente. Outras passaram esta quinta-feira (31) sem o produto porque os caminhões enfrentaram grandes filas no Porto de Suape. Segundo o governo do estado, a distribuição do gás deve estar totalmente normalizada em até cinco dias.

Eram 17h30 quando o primeiro caminhão carregado com gás de cozinha chegou a uma distribuidora da rede Brasilgás, localizada na rua Imperial, no bairro de São José. Do lado de fora, dezenas de pessoas aguardavam ansiosamente na fila para garantir o produto e seguirem com suas vidas. Os primeiros chegaram ainda de manhã e passaram o dia à espera do botijão, que era comercializado a R$ 60. “Eu estava sem o gás há cinco dias e usando o microondas”, contou o aposentado Orlando Silva, que mora na Vila do Ipsep com a esposa e uma filha de três anos.

No fim da fila, a aposentada Albanice Cavalcanti aguardava sentada no botijão vazio. “Cheguei às 16h30. Moro em Afogados, mas todos os depósitos lá estavam fechados. Fui na Mustardinha, passei pela Avenida São Miguel e não achei um local aberto. Me indicaram esse e vim pra cá”, explicou. “Essa situação já deveria ter sido normalizada, que nem já aconteceu com a gasolina. Só gera transtorno para a gente”, lamentou. Já a dona de Priscilla Vasconcellos, que mora com o marido e três filhos, chegou na fila às 8h. “O meu gás acabou ontem e estou comendo o que não precisa ser cozinhado, como pão e queijo, e tomando kisuco”.

O caminhão chegou com 400 botijões e havia seguido para o abastecimento em Suape na tarde da quarta-feira (30), segundo Marcelo Silva, funcionário do depósito. Ele explicou que o problema foi causado pela grande fila que se formou no porto. “Esse caminhão estava lá desde ontem. Temos mais dois na fila para abastecer no porto”. Em um dia normal, o caminhão sai geralmente às 5h30 e retorna ao depósito às 10h30. Parte dos botijões que chegaram foram distribuídos para as pessoas da fila e outra saiu em carros menores de revendedoras que também são clientes da empresa. Mais de mil botijões vazios aguardam no pátio da empresa para serem reabastecidos.

O governo do estado informou que a fila de caminhões no Porto de Suape continua grande porque havia uma demanda reprimida, já que foram oito dias sem abastecimento regular. O gabinete de crise continua acompanhando a situação.
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