Caos

Mais voos cancelados no Aeroporto Internacional dos Guararapes

A principal exigência dos caminhoneiros é a queda no preço do óleo diesel. Para isso, as entidades querem uma regra para os reajustes do produto e a diminuição dos impostos.

Publicado em: 25/05/2018 13:25 | Atualizado em: 25/05/2018 16:30

Foto: Paulo Paiva / DP

Mais transtornos estão surgindo no Aeroporto Internacional dos Guararapes – Gilberto Freyre nesta sexta-feira. Ao todo, onze voos saindo e chegando ao terminal foram cancelados. Só a Azul cancelou nove viagens que passariam na capital pernambucana sendo quatro delas com partida do Recife e uma com partida do Aeroporto de Petrolina/Senador Nido Coelho. No resto do país, a companhia cancelou mais 26 voos.

A LATAM, por sua vez, cancelou 30 voos em todo o Brasil, com uma partida e uma chegada no Recife. A Avianca e a GOL, até o momento, foram as menos prejudicadas e só cancelaram quatro voos, dois de cada companhia. Nenhum passando por Pernambuco. Por causa dos transtornos, todas as companhias estão orientando seus clientes com voos programados para hoje e para os próximos dias, para que entrem nos sites antes de seguirem para o aeroporto. Todas também estão com políticas especiais de remarcação de passagens sem tarifas ou taxas até junho. Até agora, 69 voos foram cancelados em todo o Brasil por falta de combustível apenas nesta sexta-feira.

Avanços

 

O Complexo Industrial Portuário de Suape liberou nota nesta sexta-feira em que afirma que continua sofrendo os impactos da paralisação dos caminhoneiros. "Na tarde de quinta-feira (24), representantes de Suape negociaram com os manifestantes a entrada de dois caminhões-tanque para abastecimento de GLP para o Complexo Prisional do Curado, outros 10 com querosene de aviação (QAV) para abastecer o Aeroporto Internacional dos Guararapes e mais quatro com combustível para abastecer as viaturas das forças de segurança do Estado." Destes, apenas os caminhões de GLP foram liberados na manhã desta sexta-feira, de acordo com o complexo.

A Associação Nacional das Distribuidores de Combustíveis, Lubrificantes, Logística e Conveniência (Plural) também informa em nota divulgada nesta sexta-feira que ainda há fluxo de entrada de produto no Salgado Filho (Porto Alegre), Congonhas (São Paulo), Viracopos (Campinas), Afonso Pena (Curitiba) e Santos Dumont (Rio de Janeiro). Os demais aeroportos trabalham apenas com estoque remanescente. No caso do Gilberto Reyre, esse estoque já acabou, conforme a Infraero avisou por nota oficial na tarde desta sexta-feira.


Reivindicações


A principal exigência dos caminhoneiros é a queda no preço do óleo diesel. Para reduzir o preço do diesel, as entidades querem que o governo estabeleça uma regra para os reajustes do produto – hoje, os preços flutuam de acordo com o valor do petróleo no mercado internacional e a cotação do dólar e também pedem a diminuição dos impostos sobre o combustível, que representam cerca de 45% do valor do litro  (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE),  PIS/Cofins  e ICMS). Eles também pedem a aprovação do projeto de lei 528 de 2015, que cria a política de preços mínimos para o frete.

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