Investigação

Dez pessoas são indiciadas por crime de cartel de combustíveis no estado

Três funcionários do Sindicombustíveis-PE, o presidente da entidade e seis empresários vão responder também por formar organização criminosa

Publicado em: 23/05/2018 14:39 | Atualizado em: 23/05/2018 18:51

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Dez pessoas, entre elas três funcionários e o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Pernambuco (Sindicombustíveis-PE), foram indiciadas pela Polícia Civil pela prática de cartel no estado. Outros seis empresários também vão responder pelo mesmo crime. Esse é o resultado da investigação da Operação Funil, deflagrada na semana passada pela Delegacia Contra Ordem Tributária (Decoot). O crime de cartel consiste na cooperação entre empresas para manipular o preço do combustível. O inquérito está sendo remetido à 2ª vara de Vitória de Santo Antão, que julgará o caso.

A Operação Funil foi deflagrada na terça-feira da semana (15) passada com o objetivo de cumprir 27 mandados de busca apreensão. Segundo o delegado Germano Cunha Bezerra, que conduziu a investigação, os profissionais ligados ao sindicato, que eram responsáveis por fiscalizar a qualidade do produto, coagiam empresários a uniformizar os preços dos combustíveis nas bombas. "Apreendemos uma extensa documentação que comprovam a prática criminosa de alinhamento de preços", afirmou o delegado.

De acordo com a investigação, os seis donos de postos invetigados recebiam os funcionários em visitas de fiscalização e durante almoços. O empresários e o presidente do sindicato vão responder ao processo em liberdade. Os funcionários do sindicato permanecem presos no Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima. Segundo o delegado Germano Bezerra, o crime cometido pelo grupo está previsto no artigo 4°, inciso 2°, da alínea 8.137/90, que fala da prática de cartel. Além disso, estão sendo indiciados por formação de organização criminosa.

Procurada para repercutir a notícia do indiciamento do presidente do Sindicombustíveis-PE, alfredo Pinheiro e dos três funcionários, Adson Bezerra da Silva, Cleobiano de Sales Rodrigues e Daniel Seabra Santos, a assessoria de Comunicação Social da entidade disse que ainda não tinha como falar sobre o caso por não ter sido comunicado formalmente pela polícia ou justiça.

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