Abastecimento

Complexo de Suape está parado

Em comunicado, direção do Complexo Industrial Portuário de Suape, diz que abastecimento, atracamento e movimentação das empresas e do porto de Suape estão afetadas. Abastecimento do gás de cozinha e de trigo também está afetado.

Publicado em: 24/05/2018 13:46

No terceiro dia de greve dos caminhoneiros, o acesso ao Porto de Suape, principal do estado, continua bloqueado. Segundo informações da administração do Complexo Industrial Portuário de Suape, uma média de 1.600 a 2.000 caminhões por dia estão deixando de ter acesso ao Porto. Deste total, 70% são de combustíveis.

Segundo as informações, o Terminal de Contêineres (Tecon Suape) paralisou a movimentação entre terminais desde terça-feira e não faz nenhuma movimentação rodoviária desde então. Um volume de aproximadamente cinco mil TEUs (medida equivalente a um contêiner de 20 pés) está parado nas dependências da empresa, por falta de escoamento.

Em nota, a administração diz que pelo menos oito caminhões-tanque abastecidos com querosene do avião estão no local mas não saíram do pátio. “Na noite de terça-feira, a juíza federal Daniela Zarzar Pereira de Melo Queiroz expediu decisão, após a Infraero informar que 70 voos seriam prejudicados no Aeroporto Internacional do Recife. No início da manhã de quarta-feira, os manifestantes permitiram a entrada de um comboio de oito caminhões-tanque para abastecê-los com querosene de aviação. Até o momento, no entanto, os veículos permanecem nos pátios”.

Os terminais de tancagem de combustíveis que dependem diretamente do modal rodoviário estão com capacidade entre 73% e 98%. A Decal, que depende pouco dos caminhões, estão com armazenagem em 30%. No total, a capacidade de tancagem dos terminais está em 67%. “A Bunge Moinho, que armazena trigo, está com os silos praticamente cheios. Consequentemente, também não estão realizando a distribuição para padarias e indústrias”.

Outro dado alarmante diz respeito ao abastecimento do Gás Liquefeito de Petróleo – GLP (gás de cozinha). Todas as unidades de envase de GLP que atendem a região estão em Suape e estão com 100% de sua capacidade de armazenagem. “Nenhum produto foi retirado do porto desde a última segunda-feira. O desabastecimento também impacta clientes com hospitais, indústrias, restaurantes, hotéis e prédios residenciais.

Com relação ao atracamento de navios, a diretoria do complexo disse que, até o momento, nenhum navio deixou de atracar. “Em poucos dias, no entanto, se não houver evolução nas negociações com os manifestantes, novos navios poderão ser impedidos de atracar devido à indisponibilidade de área para armazenagem ou falta de carga para embarque”. 
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