Aviação

Aeroporto do Recife fica sem combustível e restringe voos

Apenas aeronaves com querosene suficiente para seguir viagem estão pousando no terminal. Infraero orienta passageiros a consultarem companhias aéreas

Publicado em: 25/05/2018 14:36 | Atualizado em: 25/05/2018 15:05

Foto: Paulo Paiva/Esp. DP/D.A Press
O Aeroporto Internacional do Recife-Guararapes/Gilberto Freyre, que tem capacidade para armazenar cerca de 3,5 milhões de litros de querosene de aviação, está oficialmente sem combustível para abastecer as aeronaves. De acordo com informações da Infraero, apenas aviões com querosene suficiente para continuar o próximo trecho estão pousando no terminal. "Já foi emitido um Notam para os aeroviários e o terminal aéreo está dependendo, de fato, das carretas com os combustíveis. O aeroporto está preparado para receber essas carretas, não depende da Infraero isso, mas estamos aguardando e não temos previsão", disse a estatal, em nota.

A orientação da Infraero é de que os passageiros consultem as companhias para ver a situação dos voos. De acordo com Leonardo Félix, presidente do sindicato dos aeroviários do estado, ainda há estoque para abastecer os veículos que circulam internamente no terminal. "Temos cerca de 100 veículos, entre ônibus, tratores, equipamentos de rampas, entre outros, que precisam desse combustível, mas por enquanto a situação está sob controle", disse.

Decisão judicial
Em decisão liminar proferida na quinta-feira (24), o juiz titular da 35ª Vara Federal em Pernambuco, Rodrigo Vasconcelos Coêlho de Araújo, determinou que os caminhões da Transportadora Moscato realizem o envio de combustível para o Aeroporto Internacional dos Guararapes. De acordo com a decisão, a transportadora, que possui relação contratual com a BR Distribuidora, não vem cumprindo a liminar emitida anteriormente, alegando ausência dos motoristas para realizar o transporte. O não cumprimento da decisão implica na aplicação de multa diária de R$ 100 mil.

O magistrado autorizou ainda, como medida alternativa, que seja facultada à União "a utilização de integrantes do Exército Brasileiro , devidamente habilitados para tal fim, para efetuar esse transporte nos caminhões da Transportadora Moscato, ou qualquer outra, desde que haja expressa concordância do Excelentíssimo General de Exército Comandante Militar do Nordeste".

Reivindicações
A principal exigência dos caminhoneiros é a queda no preço do óleo diesel. Para reduzir o preço do diesel, as entidades querem que o governo estabeleça uma regra para os reajustes do produto – hoje, os preços flutuam de acordo com o valor do petróleo no mercado internacional e a cotação do dólar e também pedem a diminuição dos impostos sobre o combustível, que representam cerca de 45% do valor do litro  (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE),  PIS/Cofins  e ICMS). Eles também pedem a aprovação do projeto de lei 528 de 2015, que cria a política de preços mínimos para o frete.
Os comentários abaixo não representam a opinião do jornal Diario de Pernambuco; a responsabilidade é do autor da mensagem.
MAIS NOTÍCIAS DO CANAL