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PetroquímicaSuape reduz em mais de 90% o prejuízo

Na contagem regressiva para trocar de dono, a empresa conseguiu fechar 2017 com números melhores

Publicado em: 26/04/2018 10:00 | Atualizado em: 26/04/2018 15:41

Ajustes na gestão reduziram dívida, despesas e colocaram a operação nos trilhos. Venda deve ser concretizada em dias. Foto: Eduarda Azoubel

A PetroquímicaSuape fechou 2017 com um déficit de R$ 123 milhões. Apesar do saldo negativo, a situação representa uma redução de prejuízos de mais de 90% no comparativo com o trágico 2016, quando encerrou o ano apresentando um rombo de R$ 1,4 bilhão. O desequilíbro apresentado em 2016, inclusive, fez o conselho da Petrobras aprovar, em 28 de dezembro de 2016, a venda do polo petroquímico para o grupo mexicano Alpek, mas as negociações desaceleraram para que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), em junho de 2017, avaliasse de forma mais criteriosa a transação, fechada em US$ 385 milhões. A autorização da venda só saiu em 1º de março deste ano, mudando o status da empresa em negociação.

Com previsão de entregar uma negócio operando com prejuízo bilionário, o acordo se concretiza com a venda por parte da Petrobras de um estrutura caminhando para o superávit. Nos ajustes final, estima-se que a posse esteja à mão dos novos controladores nos próximos dias.

De acordo com o balanço da PetroquímicaSuape, divulgado ontem, a justificativa para a melhora no comportamento das contas diz respeito principalmente à redução do impairment, termo utilizado para medir a deteriorização dos ativos da empresa.

A demonstração financeira da empresa mostra, ainda, que ela passou por ajustes. A gestão em 2017 conseguiu, por exemplo, reduzir as obrigações financeiras da empresa, tanto de curto prazo quanto de longo prazo. Para se ter ideia, as obrigações a serem quitadas em 2018 são da ordem de R$ 397 milhões. Em 2017, caso a empresa tivesse assumido o controle no período que a compra estava prevista, o desembolso necessário seria de R$ 466 milhões. As obrigações de curto longo também foram reduzidas em mais de R$ 250 milhões. Só para destacar a dívida da empresa, a redução dos empréstimos e financiamentos vigentes foi de R$ 355 milhões.

Outro ponto positivo diz respeito aos ativos totais da empresa, que cresceram no ano passado, depois de uma queda no balanço apresentado referente a 2016. O patrimônio imobilizado, que trata principalmente de imóveis, máquinas e estrutura, porém, sofreu redução, mas a queda de R$ 20 milhões nesse item em 2017 se torna suave se considerar a redução de mais de R$ 1 bilhão apresentada em 2016.

A Petroquímica também ganhou melhor previsibilidade otimista, ja que parou de acumular prejuízos, o que deixou o Patrimônio Líquido (saldo de ativos subtraindo os passivos) positivo. Depois de fechar um ano com esse saldo negativo em mais de R$ 200 milhões, o patrimônio líquido da Petroquímica fechou 2017 positivo em mais de R$ 250 milhões.

Expectativa
No relatório divulgado ontem, a Petrobras afirma “espera ocupação maior da planta industrial, já que a nova controladora tem capacidade de alcançar parela do mercado brasileiro, hoje restrita, e também mercados globais para escoamento do PTA aqui fabricado, além do conhecimento e experiência adquiros em plantas similares em outros países. Issocertamente facilitará à PetroquímicaSuape, a obtenção dos almejados resultados financeiros.”
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