Declaração

Etapa como ministro da Fazenda está ''cumprida'', diz Meirelles

Com a não aprovação da reforma da Previdência Social, o ministro apontou que o governo tem que compensar os gastos em 2017, realizando cortes proporcionais no Orçamento

Publicado em: 22/02/2018 17:03 | Atualizado em: 22/02/2018 20:37

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agencia Brasil
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou, na tarde desta quinta (22), que sua etapa como comandante da pasta está cumprida. Ele se diz contemplado com a possibilidade de candidatura à Presidência da República. A declaração foi dada durante entrevista à rádio Itatiaia.

Meirelles declarou, porém, que só vai tomar a decisão no início de abril. “Eu acho que essa etapa como ministro da Fazenda é uma etapa cumprida, como eu tive lá atrás também, quando fui oito anos presidente do Banco Central”, disse. “Estamos agora contemplando essa nova etapa de uma possível candidatura à Presidência da República”, completou. 

Ele reforçou o que vem dizendo nas últimas entrevistas de que está focado na pasta, mas ressaltou que, em 40 dias, estará tomando a decisão.
 
Previdência
 
Com a não aprovação da reforma da Previdência Social, o ministro apontou que o governo tem que compensar os gastos em 2017, realizando cortes proporcionais no Orçamento. Apesar disso, Meirelles afirmou que os números não fecham e que o governo vai ter dificuldades para elaborar o projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) do ano que vem. 

O próximo presidente corre o risco de assumir o mandato com um processo de impeachment. Em 2019, o governo não deve ter condições de cumprir a regra de ouro, que é uma lei de responsabilidade fiscal. 
A legislação impede que o governo emita dívidas para pagar despesas correntes, como o pagamento de servidores públicos e benefícios previdenciários. O PLOA precisa ser mandado até 31 de agosto. 

Meirelles disse ainda que o Banco Central (BC) precisa ter autonomia. A medida faz parte dos 15 itens divulgados pela equipe econômica como prioridade para o restante do mandato. “A ideia é que um BC autônomo, com condições de implementar sua política de forma independente tem muito mais credibilidade e consegue controlar a inflação de forma mais eficaz”, contou.  
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