Expansão

DNA da Noha Shoes para franqueados

O plano de ação da #Nohaexpansion estruturou um modelo de loja pronto para rodar

Publicado em: 16/02/2018 16:00 | Atualizado em: 16/02/2018 16:01

João Andrade Lima, um dos sócios da Noha Shoes. Foto: Ricardo Fernandes/DP

A marca pernambucana Noha Shoes começa a partir de agora um novo caminho na busca por mercado. A empresa, que tirou a moda masculina dos básicos dois pares de sapatos, está aberta aos investidores interessados no modelo de franquia, em um molde 100% estruturado durante todo o ano passado por uma das mais especializadas empresas do setor, a Bittencourt Consultoria. O plano de ação da #Nohaexpansion prevê as primeiras assinaturas já em fevereiro, mas serão apenas cinco unidades neste ano, “para serem acompanhadas de perto”. O investimento para se tornar franqueado varia entre R$ 250 mil a R$ 350 mil para ter um loja pronta para rodar.

De acordo com João Andrade Lima, um dos sócios da Noha Shoes, o material com o modelo da franquia está 100% organizado, com todos os detalhes contratuais, para discutir com interessados em investir na nossa marca. “A gente precisava deixar bem estruturado um modelo replicável, com nosso DNA, nosso jeito inovador de trabalhar, mas com toda a base financeira para que a negociação tenha toda segurança para todos”, pontuou. “Hoje a gente tem um modelo com custo inicial entre R$ 250 mil e R$ 350 mil, já com estoque inicial e taxa de franquia, ou seja, pronta para funcionar”, complementou, citando que a estimativa de retorno do investimento é de 24 meses a 30 meses.

Na operação, os custos extras são a taxa de 15% dos pedidos à fábrica (royalties) e mais 3% de taxa de propaganda. Segundo João, estrategicamente abaixo das trabalhadas no mercado. “Estamos de fato fazendo a operação ser mais barata, com taxas abaixo do que é praticado no varejo, para que a nossa posição seja diferenciada da dos concorrentes na escolha do investidor. Combinado com a condição especial que os shopping centers ainda conseguem conceder devido à crise, a gente tem a combinação que nos dará campo para ganhar mercado”, ressalta. “E ainda tem o fato de que, nas primeiras unidades de franquia, vamos trabalhar junto com o franqueado, para que ele cresça junto com a gente. Por isso nosso plano é de abrir apenas cinco lojas franqueadas neste ano.” Quando a Noha sinalizou abrir a possibilidade de abrir franquias, mais de 25 investidores se cadastraram para ter acesso aos modelos Noha.

Mercado respondeu positivamente à proposta ousada da marca. Foto: Ricardo Fernandes/DP

O “sucesso” antecipado tem justificativa. Entraram num mercado consumidor forte, que é o masculino, mas que exigiu destravá-lo do trivial. “Eu acho que essa questão de conceito diferente, de apresentar um produto mais moderno, com conceito de moda, de fugir do padrão era uma demanda que existia, tanto que houve aceitação. Depois, aplicamos um ritmo de apresentar novidades sempre, sem pausa, sem estar condicionado ao calendário tradicional de coleções do varejo”, explica. “É um dos nossos pilares, estar sempre pesquisando e colocando novidades para os clientes, sem deixar esfriar, para atingir o objetivo de tirá-los dos dois pares básicos de sapato e mostrar que dá para ter um modelo para cada ocasião”, detalha.

Clientela
A primeira loja da marca opera há pouco mais de um ano, quando, além de João Andrade, Simon e Bernardo Carrazone, Gustavo Krause e Marcelo Wanderley Filho tiravam a operação do e-commerce e apostavam na unidade física, no RioMar Shopping. Nesse período, abriram a segunda no Plaza Shopping, na Zona Norte do Recife, a terceira no Midway Shopping, em Natal, no Rio Grande do Norte, e caminham para a quarta, a ser aberta em abril no Shopping Recife. Detalhe: somando clientes.

“Foi uma curiosidade que percebemos no faturamento. Obviamente a loja de Natal teria público único, mas as duas do Recife se mostraram independentes no quesito clientes, tanto que o faturamento da rede recebeu um incremento a partir da segunda unidade. E isso é o que a gente espera também com a do Shopping Recife. Ela não deve pegar uma fatia do bolo, mas ter o ganho de clientes próprios, que utilizam o shopping”, prevê. Se considera abrir novas lojas novamente por meio de capital próprio, antecipa: “Algumas praças já estão no radar. É o caso do Rio de Janeiro.”
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