Renúncia Com renúncia de Schroeder, Eurico Teles será o presidente interino da Oi A empresa, que passa pela maior recuperação judicial da história no Brasil, divulgou o novo nome em fato relevante para os acionistas

Por: Correio Braziliense

Publicado em: 27/11/2017 14:00 Atualizado em:

A operadora Oi nomeou Eurico de Jesus Teles Neto para ser o presidente interino, depois que o executivo Marco Schroeder renunciou ao cargo na última sexta-feira (24/11). A empresa, que passa pela maior recuperação judicial da história no Brasil, divulgou o novo nome em fato relevante para os acionistas. 

Às 11h40, as ações da operadora estavam caindo a 3,25%, para as preferenciais, e 2,81%, para as ordinárias na Bolsa de Valores de São Paulo (B3). O presidente interino ficará no comando até que o conselho administrativo da Oi escolha um nome permanente.  

A empresa está há duas semanas de uma Assembleia Geral de Credores, que vai avaliar a proposta de reestruturação da dívida de R$ 65 bilhões. Vários grupos estão em disputa para assumir o controle da companhia e o governo não descarta intervenção. 

O ministro de Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Gilberto Kassab, afirmou, em entrevista na última sexta (24/11) ao site Poder360, que deve conversar com o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações, Juarez Quadros, e a ministra da Advocacia-Geral da União, Grace Mendonça, para “avaliar” a possibilidade. 

“Com a responsabilidade de ser o ministro, vou propor a intervenção caso sejam percebidos indícios de que o processo não está de acordo com o compromisso de boa governança, com a neutralidade e com o entendimento que já foi estabelecido pela Justiça, pela Anatel e pelo governo”, disse.
 
Renúncia

Schroeder pediu a renúncia com o pagamento de R$ 30 milhões, sendo que R$ 10 milhões devem ser honrados imediatamente por ter cumprido metas acertadas há um ano, quando assumiu o controle da companhia. 

Para alguns acionistas, a saída dele tem como objetivo a fuga de escândalos. Ele estava na empresa há mais de 15 anos e pode ter conhecimento de alguma irregularidade. “Com a entrada de pessoas nova no comando, algo poderia vir à tona”, disse um assessor que preferiu não se identificar.


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