Com a proposta de transformar o Bairro do Recife em uma grande ilha de inovação, o festival Rec’n’Play está ocorrendo na cidade desde ontem e prossegue até o próximo domingo em diversos polos do Recife Antigo. Com mais de 180 atividades que envolvem tecnologia, empreendedorismo, geração de negócios, design, games, música e fotografia, a ideia é dar ao Recife um evento de grande porte que dialogue com a cidade. O festival é uma realização do Porto Digital, do Grupo Duca e da Ampla Comunicação, além de contar com o apoio do Sebrae-PE, da Prefeitura do Recife e do governo de Pernambuco.

O polo de negócios do Rec’n’Play foi instalado em frente à Praça do Arsenal, no Bairro do Recife. A partir das 14h, em todos os dias do festival, acontecem palestras, que vão ser seguidas por debates. Ontem, por exemplo, o tema foram as tecnologias emergentes que têm potencial de transformar os negócios. As ferramentas nas nuvens acessíveis aos pequenos empreendimentos serão a discussão de hoje. Amanhã, o novo perfil do empreendedor, as tendências de mercado e as habilidades necessárias para se destacar vão ser tema do debate. Já o domingo será focado no mercado da música, abordando como a tecnologia pode ser utilizada para melhorar as perfomances em shows e produções.

Além das palestras, o festival está disponibilizando cerca de 20 profissionais do Sebrae para orientação empresarial. Eles vão ajudar o empreendedor a ver como a empresa dele está inserida no contexto de mercado e a criar um novo modelo de negócio, caso seja necessário. Os profissionais vão estar disponíveis das 14h às 20h em todos os dias de evento.

“A gente percebe que existe uma necessidade muito grande dos pequenos negócios saberem para onde o mercado está caminhando”, comenta Thiago Suruagy, gerente do Centro de Educação do Sebrae em Pernambuco. De acordo com ele, muito se fala sobre transformação digital, mudança do consumo e mobilidade dos clientes, mas a maioria dos microempreendedores ainda não estão inseridos nesse contexto. Um dos objetivos do Rec’n’Play é mudar isso. Oficinas e cases de sucesso também fazem parte da programação.

Cada tema central abordado no evento, como tecnologia da informação, por exemplo, é chamado de trilha. Elas contam com curadores, que são pessoas que estão no mercado e desenvolvem serviços de impacto nos seus segmentos. De acordo com Francisco Saboya, presidente do Porto Digital, o parque tecnológico não tinha a ambição de formular todas as questões abordadas no festival, por isso que identificaram e mobilizaram parceiros para atuar como curadores. O Rec’n’Play acontece na Praça do Arsenal, no Marco Zero, na Rua da Moeda, em praças do Bairro do Recife, no Portomídia, no Teatro Apolo e no Centro Cultural dos Correios.

Algumas atrações do evento demandavam o pagamento de taxas, mas, na semana passada, o Rec’n’Play tornou-se totalmente gratuito. Isso foi viabilizado através do patrocínio das empresas Elcoma Networks e Smart Networks, que são do ramo de redes de comunicação. Para ter acesso ao festival de forma gratuita, os interessados devem se inscrever através do link sympla.com.br/recnplay e utilizar o cupom de desconto sinalizado no site www.recnplay.pe.

FutureCity abre discussão sobre a nova economia

A conferência FutureCity trará para o festival criativo Rec’n’ Play especialistas internacionais, instituições financeiras, governo e empresas privadas para debater desafios e soluções da nova economia do século 21. A ideia é promover, de forma prática, a nova economia. Para isso, o FutureCity irá trabalhar em cima de três focos: economia circular, mobilidade elétrica e compartilhada e energias renováveis.

O evento é gratuito e ocorre no Sinspire, casarão em frente à Praça do Arsenal, no Bairro do Recife. Estão partipando da conferência representantes de empresas nacionais e internacionais do setor de energias renováveis, economia circular e mobilidade elétrica, além de órgãos estaduais e instituições bancárias, que englobam os principais eixos representantes de cadeias fomentadoras de negócios. “Fizemos conexões e estamos trazendo os maiores nomes da economia de baixo carbono do Brasil, para discutir, na prática, como podemos ativar, de forma exponencial, todo o nosso potencial de fomento da nova economia. Por isso, vamos trazer empresas, bancos e o governo do estado, para debatermos o que precisa ser feito para desenvolver a economia de baixo carbono”, destaca Luciana Nunes, diretora do Uplanet. Entre as empresas que já confirmaram a presença, estão a 99 táxi, Enel Energia, Blue Sun, Casa dos Ventos, Bradesco, BNDS, Banco do Nordeste e Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (SDEC).

Ontem, no primeiro dia, foram discutidos Os desafios e as oportunidades para a construção de cidades sustentáveis. Hoje, a programação será inteiramente voltada para a força da energia renovável do Nordeste e como ela está movendo o Brasil e a construção das cidades inteligentes e humanas. Estarão reunidas as três principais empresas do setor: Blue Sun, Casa dos Ventos e Enel Energia, que irão discutir, dentro de um painel, potencialidades, oportunidades e desafios. O objetivo é estimular não só o empresário que já está imerso no setor de energia, mas criar uma nova cadeia, agregando técnicos de outras áreas, mostrando que é preciso apenas qualificação.